Nos últimos dias, moradores de Ponta Grossa enfrentaram dificuldades com interrupções no abastecimento de água. A demanda por respostas sobre o motivo das interrupções e como fica a cobrança final na fatura, foram algumas indagações dos leitores que levaram a equipe de jornalismo do Portal Boca no Trombone (BnT) a investigar o caso no Centro de Controle Operacional da Sanepar.
Segundo a gerente geral da Sanepar em Ponta Grossa, Simone Alvarenga, o aumento no consumo de água foi significativo e isso foi o causador nas mudanças do abastecimento para a população. “Nos dias de maior calor, nossa produção, que normalmente é de 1.070 litros por segundo, chegou a 1.400 litros por segundo. Esse aumento nos obrigou a realizar manobras, como redução de pressão em algumas regiões para permitir que os reservatórios recuperassem os níveis”, explicou.
O coordenador do Centro de Controle Operacional da Sanepar, Anselmo Rodrigues de Andrade, trouxe informações sobre os reservatórios de água tratada da cidade, que têm uma capacidade total de 36 milhões de litros. “Temos dois reservatórios, totalizando 9 milhões de litros na Estação de Tratamento de Água, além de outros espalhados por diferentes pontos da cidade. Em Los Angeles, a capacidade é de 15 milhões de litros; no setor de Uvaranas-Jockey, 5 milhões de litros; no setor central, 2 milhões de litros; e no bairro Oficinas, 5 milhões de litros de água tratada para atender aquela região”, detalhou.
Anselmo ainda contou sobre o funcionamento do sistema, que monitora toda a rede em tempo real. Ele destacou que as chuvas recentes já ajudaram a normalizar os níveis dos reservatórios. “Controlamos a distribuição e monitoramos os reservatórios. Durante os dias de maior calor fizemos ajustes para manter o abastecimento. Agora, estamos com os reservatórios estabilizados e operando normalmente”, afirmou.
Por outro lado, a Sanepar está trabalhando em projetos para o futuro. A partir de 2025, um novo sistema será implementado, aumentando a capacidade de produção em 15% e modernizando a rede de distribuição. “Esse novo sistema melhora o reforço nas adutoras e maior eficiência no abastecimento, acompanhando o crescimento da cidade”, ressaltou Andrade.
A empresa também destacou a importância do consumo consciente por parte da população. Medidas como banhos curtos e o uso racional da água, podem minimizar impactos em períodos de alta demanda. A repórter Camila Souza, esteve no Centro de Controle Operacional da Sanepar para trazer mais detalhes sobre a falta de água em Ponta Grossa e os investimentos previstos para melhorar o sistema. Confira a reportagem de Camila: