O pequeno Julio Cesar Dias Monteiro Junior, de apenas 7 anos, está há uma semana internado sem um diagnóstico definitivo. No último sábado (23), o garoto apresentou febre alta, tontura, dor de cabeça e sonolência persistente o que levou os pais a procurar ajuda médica.
Primeiramente dirigiram-se ao Centro de Atendimento à Criança (CAC), onde o atendimento não foi considerado urgente. Julio esperou por duas horas até ser atendido e ainda assim, não houve um diagnóstico claro. Foi então encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Paula, onde não foi transportado em uma ambulância, mas sim em um veículo comum.
Ao chegar à UPA, o garoto sofreu uma convulsão no local e a médica de plantão, ao deparar-se com o estado crítico de Julio, tomou a decisão de encaminhá-lo ao Hospital Universitário Materno Infantil (HUMAI).
No HUMAI, foram realizados diversos procedimentos na tentativa de esclarecer o quadro clínico, incluindo a tentativa de retirada de líquido da medula para exame de meningite, mas a equipe médica não obteve sucesso. Diante da gravidade da situação, o garoto precisou ser entubado e encontra-se atualmente em estado inconsciente. Segundo relato do pai, a membrana ocular não apresenta movimento e Julio é mantido sedado de forma contínua.
Segundo informou o pai da criança, o hospital não consegue chegar a um diagnóstico definitivo. Primeiramente, foi mencionada a suspeita de meningite, mas posteriormente os médicos informaram que o caso envolve uma encefalite, associada à presença do vírus da Covid-19. Para um diagnóstico preciso, é essencial a realização de uma ressonância magnética, no entanto, o aparelho necessário não está disponível no HUMAI.
A família busca a transferência do paciente para outra instituição. Conforme relato do pai, a médica responsável pelo caso se recusa a autorizar a transferência, alegando que o tratamento está sendo efetuado de forma adequada. O pai do garoto relata que já perderam duas oportunidades de transferência devido a divergências nas especificações do quarto na Central de Leitos.
A família ainda enfrenta a falta de informações claras e um atendimento que consideram insatisfatório por parte da médica responsável.
O Portal Boca no Trombone procurou a Secretaria de Saúde e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em busca de esclarecimentos sobre o caso, mas até o momento da publicação desta matéria, não obteve resposta por parte da administração do hospital.
Veja a live no hospital com o relato do pai da criança:
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