Lincoln Henrique Carneiro Santos, um dos acusados pelo assassinato de Eduarda Batista Stadler, será julgado na próxima terça-feira (11), junto com outras duas pessoas. O julgamento ocorre menos de uma semana após a morte da mãe de Lincoln, Silmara Carneiro Galvão, de 40 anos, executada com um tiro na nuca na noite de ontem (04), no Jardim Itapoá, em Ponta Grossa.
Caso Eduarda Stadler
Eduarda desapareceu no dia 20 de setembro de 2023, após sair de casa por volta da meia-noite para encontrar um rapaz com quem mantinha um relacionamento. As investigações apontam que o encontro foi uma armadilha: o objetivo do grupo era fazer com que Eduarda facilitasse contato com um terceiro indivíduo, que os criminosos acreditavam estar envolvido em um atentado ocorrido em julho do mesmo ano.
O plano não teve sucesso. Eduarda foi mantida em cativeiro e acabou assassinada nas primeiras horas do dia 21 de setembro. Seu corpo foi parcialmente enterrado na Estrada do Kalinoski, em Ponta Grossa, e só foi localizado no dia 28 de setembro, durante patrulhamento da Polícia Militar.
O indivíduo que marcou o encontro com a vítima foi preso ainda no dia 21 de setembro, portando duas armas de calibre 9mm. Os demais envolvidos fugiram para Palhoça, em Santa Catarina, mas acabaram sendo localizados e presos com apoio da polícia daquele estado.
As investigações também revelaram que a tentativa de homicídio de julho de 2023 — que motivou o sequestro de Eduarda — teve como alvo a pessoa errada. Eduarda, moradora da Vila Nova, deixou uma filha de apenas 1 ano e 7 meses.
Em dezembro de 2023, o delegado Luis Gustavo Timossi confirmou a prisão de quatro suspeitos pelo crime:
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Lincoln Henrique Carneiro Santos
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Brenda Almeida Schechtel
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Jussara Bueno de Lara
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Patrick Gabriel de Andrade (morto posteriormente no sistema prisional)
Execução de Silmara Carneiro Galvão
Na noite de ontem (04), Silmara Carneiro Galvão, mãe de Lincoln, foi morta com um tiro na nuca em frente à sua casa no Jardim Itapoá, em Ponta Grossa. Segundo o boletim da PM, dois homens em uma motocicleta pararam em frente à residência com o portão aberto, abordaram uma faxineira e a própria Silmara. Um dos suspeitos teria perguntado o nome da vítima, confirmando que seria o alvo e disse à Simara que ela “sabia que iria morrer”.
Durante a ação, os criminosos separaram a filha mais nova de Silmara em um cômodo da casa e, em seguida, a executaram com um disparo na nuca. Os suspeitos fugiram levando celulares, dinheiro e tentaram levar o carro da vítima, mas não conseguiram dar partida. Uma televisão também foi deixada para trás após cair e quebrar.
A Polícia Militar e o SAMU foram acionados, mas a vítima já estava em óbito no local. A Polícia Científica e a Polícia Civil realizaram perícia e coleta de impressões digitais.
O que diz o setor de homicidios da Polícia Civil:
Nossa equipe conversou com o delegado Luis Gustavo Timossi, responsável pelo setor de homicídios da 13ª Subdivisão Policial, que afirmou:
“Foi verificado um disparo na região do rosto, mais especificamente na testa, e outro nas costas, o que demonstra claramente que esses indivíduos a executaram sem chances de defesa. Agora, estamos trabalhando para identificar a autoria e efetuar a prisão dos responsáveis por esse assassinato”, destacou o delegado.
Sobre as linhas de investigação, o delegado comentou que a Polícia Civil trabalha com algumas hipóteses, mas que tudo será confirmado ao longo das apurações:
“Parte da perícia já foi realizada, e em breve mais informações serão divulgadas.”
Além disso, Silmara seria mãe de um dos suspeitos atualmente presos:
“Ela é mãe de um indivíduo suspeito de envolvimento em alguns homicídios ocorridos aqui em Ponta Grossa. Atualmente, ele está preso por homicídio e por integrar organização criminosa. No entanto, ainda é tudo muito preliminar para apontar uma relação direta com o crime. Essa é uma das hipóteses em investigação.”
O caso segue em investigação.
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