Paraná

Governo do Paraná expande oferta de alimentos orgânicos na alimentação escolar

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FOTO: AEN
Em 2024, a alimentação escolar do Paraná destaca alimentos orgânicos da agricultura familiar, com planos de expansão em 2025 e maior orçamento.

No ano de 2024, a alimentação escolar dos estudantes da rede estadual do Paraná se destacou pela inclusão de uma variedade de alimentos orgânicos, como pães caseiros, frutas, verduras, legumes e sucos naturais. A maior parte desses produtos é proveniente da agricultura familiar, que conta com aproximadamente 20 mil famílias fornecendo anualmente mais de 10 mil toneladas de alimentos para as escolas. Dentre elas, cerca de 1.400 famílias se dedicam à produção orgânica, totalizando mais de 2.700 toneladas – representando 25% do total adquirido.

Para o ano de 2025, o Governo do Paraná planeja aumentar ainda mais a presença de alimentos orgânicos no cardápio das escolas. Um novo processo já foi iniciado para a aquisição de leite e iogurte natural orgânicos. Esta é a primeira vez que o Estado utilizará recursos próprios para complementar os investimentos federais destinados à compra de produtos da agricultura familiar, conforme estabelecido pela nova Lei de Licitações (nº 14.133/2021). Essa mudança resultou em um aumento significativo no orçamento, que passou de R$ 100 milhões para R$ 275 milhões, após a inclusão de R$ 175 milhões do orçamento estadual.

Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente da Fundepar, órgão responsável pela gestão da alimentação escolar no estado, comentou sobre os avanços: “No último ano, todas as escolas estaduais do Paraná receberam ao menos um tipo de alimento orgânico. Com a nova legislação, conseguimos ampliar a participação de agricultores familiares nas chamadas públicas, resultando em uma oferta mais diversificada e nutritiva para nossos alunos”.

A inclusão de alimentos orgânicos nas escolas não é uma novidade; desde 2011, o Governo do Paraná tem promovido essa iniciativa, com um crescimento constante na variedade e na quantidade disponibilizadas aos estudantes. O programa Paraná Mais Orgânico tem sido essencial ao capacitar agricultores que desejam transitar para a produção orgânica.

Atualmente, mais de 195 mil alunos da rede pública estadual consomem alimentos totalmente orgânicos em suas refeições diárias, incluindo frutas, hortaliças, legumes e temperos. Esses estudantes estão distribuídos em 209 escolas localizadas em dez municípios do estado, como Curitiba e Pinhais. Além disso, arroz e feijão orgânicos são adquiridos via licitação e servidos em todas as 399 cidades do Paraná, com o arroz totalizando mais de 700 toneladas consumidas no último ano.

A alimentação escolar atende cerca de 1 milhão de estudantes e é planejada por uma equipe de nutricionistas da Fundepar, com revisões bimestrais dos cardápios para garantir qualidade e segurança alimentar. As refeições incluem frutas e vegetais diariamente, além de uma média de 100 gramas de proteína animal por aluno em cada dia letivo, atendendo pelo menos 30% das necessidades nutricionais diárias.

O secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, enfatiza a importância da alimentação saudável para o desempenho acadêmico: “Investir em alimentação escolar é também investir na aprendizagem em sala de aula”.

A aquisição dos alimentos provenientes da agricultura familiar ocorre por meio de chamadas públicas que priorizam produtores locais próximos às escolas, incluindo assentados da reforma agrária e comunidades indígenas e quilombolas. A seleção dos fornecedores é feita com base em critérios estabelecidos em edital publicado no site da Fundepar.

Em colaboração com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR), amostras dos alimentos adquiridos são submetidas a análises rigorosas para detectar resíduos de agrotóxicos, assegurando o cumprimento das normas legais e reforçando o compromisso com a segurança alimentar. A nutricionista Andréa Bruginski, responsável técnica pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar no Paraná, conclui: “Mais do que oferecer uma refeição segura na escola, queremos incentivar hábitos saudáveis que os estudantes possam levar para toda a vida”.

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