Ponta Grossa

Greve: falta de professores ameaça funcionamento do Curso de Jornalismo UEPG

Os alunos do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) deflagraram greve estudantil nesta quarta-feira (28), após uma assembleia geral. O Departamento iniciou o segundo semestre letivo com um déficit de quatro professores, estimando em 30% da carga horária regular de ensino, o que corresponde a 13 disciplinas do curso que não possuem professores para ministrar aulas.
[RELACIONADAS]Os estudantes exigem a contratação imediata de novos professores, pois o calendário do ano letivo proposto pela UEPG, para 2022, corre o risco de não ser cumprido, sendo que coloca em ameaça a conclusão da graduação em período regular para o quarto ano. A chefe do departamento, Karina Janz Woitowicz, explica que em fevereiro deste ano o curso estava com a grade completa de professores e não havia a necessidade de teste seletivo, mas em abril houve a saída de um docente, sendo solicitado de imediato a realização de um novo teste seletivo, mas o trâmite acabou sendo demorado. 

“Com o atraso da autorização do Tribunal de Contas, isso fez com que o edital deste teste fosse publicado somente em julho, ou seja, já estava dentro do período eleitoral. Com isso, se criou uma situação bastante complicada, pois existe um decreto do Governo do Estado que estabelece o impedimento para a contratação de professores no período eleitoral. A situação se agravou, pois em abril precisávamos de um professor e de lá para cá nós perdemos outros três, no momento faltam quatro professores de 40h”, esclarece a chefia do curso. 

Se não houver exceção na lei vigente, a previsão de contratação dos novos professores é para março de 2023, sendo que o calendário letivo da UEPG se encerra em fevereiro, assim nenhuma das séries da graduação vai concluir as matérias exigidas dentro do prazo. 

A UEPG foi procurada pelo Portal BnT e diz que a chefia do departamento de jornalismo abdicou, em fevereiro de 2022, de realizar processo seletivo para professores, visto que havia 100% das vagas preenchidas. Motivo este já explicado pela docente Karina. E continua: “Extemporaneamente, em abril, solicitou à Pró-Reitoria de Recursos Humanos a contratação de um professor colaborador. Devido ao ataque hacker no sistema do Tribunal de Contas do Estado, o teste pode ser realizado somente em 30 de julho. O professor aprovado não foi convocado devido às restrições da lei eleitoral, que impede contratação e nomeação de servidores, de 3 de julho até a diplomação dos eleitos.

Depois do início da vigência das restrições do período eleitoral, recentemente, em 15 e 26 de setembro, dois professores pediram desligamento do curso. Os professores foram liberados do cumprimento de aviso prévio pelo Departamento de Jornalismo. Em 26 de setembro, um terceiro docente teve seu pedido de afastamento para cursar pós-doutorado na Itália homologado. A solicitação foi aprovada por unanimidade pelos pares do departamento de jornalismo”. 

A Universidade não informa prazo para a contratação de novos professores. Diante disso, os estudantes estão organizando atos para reivindicar o direito de conclusão de curso sem prejuízos, a primeira manifestação ocorre amanhã (29), às 10h30, no Campus Uvaranas, em frente à Reitoria. Outros atos estão sendo planejados para os próximos dias. 


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