O Tribunal do Júri de Ponta Grossa condenou, ontem (29), Paulo Sérgio Machado a 22 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de feminicídio e furto. A sentença veio após um julgamento que reconheceu as qualificadoras de motivo torpe e meio cruel, além da subtração de bens da vítima.
O crime que chocou a cidade aconteceu em 17 de fevereiro de 2024, na Vila Campo Belo, localizado na Rua Adão Lara dos Santos, no bairro Cará-Cará, em Ponta Grossa. A vítima, Maria da Luz Alípio, de 51 anos, foi encontrada morta dentro de casa, com sinais claros de violência.
Crime com requintes de crueldade
De acordo com a investigação, o crime ocorreu por volta das 19h, após uma discussão acalorada entre o casal. Testemunhas relataram que, após a briga, Paulo fugiu do local pilotando uma motocicleta Honda Biz cinza.
Minutos depois, familiares da vítima encontraram Maria da Luz sem vida, apresentando marcas de estrangulamento e enforcamento. A cena do crime indicava sinais claros de agressão e luta.
Confissão por áudio
Um dos pontos mais chocantes do caso foi a atitude do acusado logo após o crime. Paulo gravou um áudio confessando o assassinato e justificando suas motivações, que foi enviado a familiares. As filhas da vítima receberam a gravação e correram até a residência da mãe, onde encontraram o corpo.
Condenação exemplar
Diante das provas contundentes, o Tribunal do Júri não teve dúvidas ao considerar o réu culpado. A pena, que soma 22 anos e 10 meses de reclusão, reflete tanto a gravidade do homicídio quanto o furto praticado logo após o assassinato.
A sentença foi recebida como um alívio para os familiares e um sinal de que a justiça está sendo feita, embora o sentimento de perda permaneça irreparável.
Leia também:
Motorista morre em grave acidente entre carro e caminhão em Ipiranga