O Centro de Atendimento à Criança (CAC), em Ponta Grossa, é alvo de reclamações. Uma mãe questiona um suposto erro de diagnóstico durante a consulta de seu filho de seis meses, que apresentava febre alta. Inicialmente, o bebê foi diagnosticado com dor de ouvido, mas em seguida, recebeu o diagnóstico de bronquiolite.
A equipe de jornalismo do Portal BnT conversou com a mãe, que preferiu não se identificar. Em entrevista exclusiva, ela conta que buscou o CAC no último sábado (10), pois o bebê estava com febre alta. O médico plantonista que atendeu o paciente diagnosticou dor de ouvido.
“Ele estava meio molinho. Há uns três dias ele estava ruinzinho e então resolvi levar ele lá. No CAC foi rápido para me atender, só que o médico nem sequer pegou no menino para examinar. Ele já foi falando que era só uma dor de ouvido”, relata a mãe.
No atendimento, remédios foram indicados pelo profissional e, após o atendimento, mãe e o paciente foram liberados. Porém, logo na saída do Centro de Atendimento à Criança (CAC), o bebê sofreu um desmaio, que teria sido decorrente da febre alta.
A mãe relata que entrou em desespero pelo filho, e que uma enfermeira a ajudou para que o bebê passasse por uma nova consulta. Dessa vez, com uma outra médica.
“Eu saindo com com o bebê, e ele ia desmaiando, lá no portão do CAC. Assim as enfermeiras viram, me mandaram voltar e consultar com outra médica. Até uma enfermeira que tem lá me ajudou bastante. Ela me ajudou, abriu outro protocolo para me atender lá. Aí a médica deu o diagnóstico exato do que ele tinha”, afirma.
Em consulta com outra médica do CAC, o bebê foi diagnosticado com bronquiolite, doença respiratória aguda que pode afetar crianças principalmente com menos de dois anos. O bebê foi internado por um dia e foi liberado para se recuperar em sua casa.
Após a situação no último sábado (10), a mãe pede providências em relação ao caso. “Precisamos que tire esse médico pois não gostaria que acontecesse com mais mães o que aconteceu comigo na última semana”, diz a mãe.
Posicionamentos
A equipe de reportagem do Portal BnT entrou em contato com a Fundação Municipal de Saúde para pedir esclarecimentos sobre o caso. Em nota, a entidade disse que não pode confirmar informações individuais sobre atendimentos na rede pública de saúde, mas que segue protocolos nacionais e internacionais de atendimento.
“A FMS ressalta que segue protocolos nacionais e internacionais de atendimento e que qualquer reclamação sobre a conduta de servidores públicos, ou mesmo no atendimento em serviços de saúde, deve ser direcionada à ouvidoria da entidade – pelo telefone 0800 643 9595”, diz em nota.
Também procuramos o Conselho Regional de Medicina (CRM), órgão responsável pela fiscalização da atividade em todos os Estados do país. A entidade afirmou que não recebeu, até o momento, denúncia a respeito do caso e que o médico questionado está regularmente inscrito.
“O CRM-PR informa que não recebeu, até o momento, denúncia a respeito do caso relatado. O Conselho informa, ainda, que o profissional mencionado está regularmente inscrito. Importante destacar que todas as denúncias que chegam à autarquia são investigadas, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional”, afirma em nota.