Foi lançado no Celeiro de Música e Artes, em Castro, na tarde deste domingo (18), o livro Marasmo. A obra é de Julia Aparecida Pereira dos Santos (Julia Poetisa), de 18 anos, estudante de Geografia na UEPG, escritora e moradora do bairro Jardim Alvorada. O livro com 104 páginas conta referências sobre a Ditadura Militar do Brasil nos anos 70, onde uma adolescente (Veneza) de 14 anos é sequestrada durante o regime.
A reportagem do Portal Boca no Trombone esteve no evento e conversou com a escritora. Ela detalha “o que mais me motivou atualmente, assim, a ter o interesse em escrever sobre o livro, foi o fato de que eu estudei muito sobre história. Eu sempre tive assim um foco muito grande sobre a ditadura militar que no Brasil, eu acho que essa cultura, essa diversidade é fundamental. Então, eu resolvi escrever, não só para trazer cultura, mas também porque eu acho que passar informação para as pessoas é uma coisa essencial hoje em dia”.
Julia lembra que começou a escrever o livro aos 13 anos. “Eu escrevi ele na verdade, quando eu tinha 13 anos, mas a minha escrita mudou, tive todo o processo de reescrever o livro. E aí, com 17 anos, ano passado, não, com 16, resolvi remontar, reescrever e com 17 anos, eu fiz toda a edição todo o trabalho. Nesse ano que eu consegui mandar para a editora para imprimir e fazer todo o processo. Mas, o que me fez assim escrever mesmo o livro foi quando eu tinha 13 anos. Passando por transformações e conhecendo coisas novas e só voltando a história”. Sobre a personagem Veneza de 14 anos que é sequestrada disse que “eu acabei criando de acordo com a personalidade de várias pessoas ao meu redor e até mesmo a minha. Eu coloquei muitos sentimentos meus na personagem. E eu acho que é isso que faz o livro ser real e sentir o que tá lendo, porque são sentimentos reais. Não é só da personagem. Então assim, a personagem são pessoas reais que conviveram comigo ao meu redor. Diversas personagens no livro todo são pessoas inspiradas no meu cotidiano. O livro fala sobre o cotidiano. E o que você espera para o futuro”.
O presidente do Celeiro de Música e Artes, Naymer Schmidt, comentou sobre o local e também das atividades desenvolvidas. “O celeiro de Música e Artes ele é uma associação. A Associação dos Músicos e Fazedores de Artes de Castro. É como se fosse uma cooperativa do músico, a gente se ajuda, um local para onde a gente pode se encontrar, pode dar aulas, ter aulas, tornando a arte mais acessível, tanto para o artista apresentar a sua arte e tanto também para o público poder ver diversidades artísticas nesse local. Aqui acontecem aulas de música, aulas de teatro, de dança, oficinas e volta e meia a gente faz o recital das artes, que é a mescla de exposições artísticas, quadros, pinturas, música, poesia, apresentações de dança”.
Durante o lançamento, houve apresentações musicais com a banda Doce Cinza, e os músicos Luiz Koch e Patrícia, Victor Szchultz.
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