A Câmara Municipal aprovou na tarde desta quarta-feira (28), o pedido de vistas para a proposta de Lei que alteraria o nome da Avenida Vicente Machado para Avenida Corina Portugal.
A proposta 51/2023, enviada pela vereadora Josi do Coletivo (PSOL), tem como objetivo renomear a avenida entre o trecho da Visconde de Taunay (Praça dos Polacos) até a Rua Benjamin Constant (rua do Terminal Central).
Entretanto, o vereador Daniel Milla (PSD) pediu vistas sobre o projeto, por julgar que o ‘projeto ainda não está maduro’. “Nós estamos mexendo na história de Ponta Grossa, pois há também o mérito do homenageado, que foi proposto na época em que foi implantada a rua. Além disso, nesta troca de nome de rua, há todo o transtorno para os pontagrossenses. Pra mim, o projeto não está maduro e, para isso, peço vistas por 15 dias”, disse.
Os vereadores propuseram uma audiência pública sobre o caso, pois há muitos impactos mudar o nome da avenida, principalmente para os moradores e proprietários da via. Com isso, o projeto foi retirado para vistas por 13 votos favoráveis e 3 contrários.
O projeto
O motivo da lei é sobre uma “injustiça” cometida por Vicente Machado contra Corina, que foi assassinada pelo marido Alfredo Marques Campos, em 26 de abril de 1889. Vicente foi o advogado que absolveu o executor da ‘santa pontagrossense’. Além disso, ele foi presidente da então Província do Paraná, perseguindo políticos da cidade que se opuseram a ele.
Após a execução, com mais de trinta golpes, Corina foi encontrada com o corpo em perfeito estado, fazendo com ela fosse considerada uma ‘santa popular’. Seu túmulo é um dos mais visitados no Cemitério São José, onde devotos pedem graças e bênçãos.
Josi do Coletivo argumentou que a correção do nome da avenida é a reparação de um erro histórico. “Nós podemos corrigir um erro, corrigir um crime, contra uma mulher que teve sua vida tirada por 37 golpes de faca. Vamos recuperar aquilo que tiraram de Corina há mais de 100 anos: a sua honra”, disse.
Leia também: Chociai desmente prefeita e diz que o acordo com a Sanepar não foi assinado