Caso siga a determinação do Ministério Público, a Prefeitura de Ponta Grossa deve suspender novos subsídios e iniciar a auditoria que irá verificar quando a VCG arrecadou desde o início da concessão e qual foi o destino dos valores.
O Portal BnT online tem acompanhado as movimentações e estratégias da VCG, juntamente com a prefeitura e entidades na tentativa de articular novos valores de tarifa além do corte de linhas e até mesmo demissão de funcionários afim de garantir benefícios para a concessionária.
Em maio de 2021 após atrasos de pagamentos e greve dos trabalhadores do transporte, a prefeitura realizou um aporte financeiro de quase R$1,7 milhão para a Viação Campos Gerais, logo após a transferência de valores, a Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte solicitou o corte de linhas no transporte coletivo para diminuir os gastos da empresa.
A possibilidade na diminuição da frota foi cogitada em audiência pública quando ocorria a negociação do aporte financeiro para cobrir os ‘prejuízos’ que a empresa teria sofrido ao ficar parada por força de um decreto municipal. Na época a empresa negou qualquer negociata para garantir os lucros.
No mês de outubro deste ano com a aproximação da data base e possível reajuste do salários dos trabalhadores do sistema de transporte, a empresa voltou a parcelar os salários de seus funcionários alegando dificuldade financeira.
Paralelamente aos fatos, o Conselho Municipal de Transporte (CMT), iniciou discussões e realizou solicitações para o aumento na tarifa do transporte. O CMT tem como um de seus membros Luiz Carlos Oliveira, presidente do Sintropas, sindicato que representa a categoria de trabalhadores do transporte coletivo.
Uma das solicitações do conselho para abater o custo da tarifa seria o corte dos funcionários que exercem a função de trocador, conhecidos popularmente como ‘cobradores’. O assunto sobre a eliminação desta função na VCG já é antigo e sempre vem à tona em momentos de reajuste na tarifa.
A prefeitura tem o prazo de dez dias para se manifestação diante da recomendação do MP