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Operadora ferroviária acusa catador de recicláveis de furtar fios de cobre em PG

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Crédito: Reprodução Rumo
Família afirma que fios estavam em área de descarte e pede justiça; empresa alega que materiais foram retirados de máquinas operacionais.

Um catador de recicláveis, identificado como Anderson, está sendo processado na Justiça sob acusação de furtar fiação de uma sede da Rumo Logística, em Ponta Grossa. A família diz que o homem é inocente, enquanto a operadora acusa o homem de ter furtado os materiais. 

O Portal BnT teve acesso ao boletim de ocorrência, registrado pela Guarda Civil Municipal. A situação foi repassada como furto de fiação, na sede de Uvaranas da Rumo Logística, por volta das 19h do dia 26 de dezembro. Conforme relato policial, seguranças terceirizados do local visualizaram Anderson dentro do pátio, com sacolas em mãos e teria apressado o passo ao avistar a viatura. 

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Os seguranças fizeram a abordagem e ao questionarem sobre a origem dos fios, “o cidadão informou que havia pego em um container que fica dentro do pátio da Rumo”, conforme o boletim. Nisso, o indivíduo foi algemado e encaminhado para a 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa. O homem ficou preso durante quatro dias e foi solto no dia 30, mas segue em liberdade provisória. 

O que a família diz

A equipe de reportagem conversou com Bruna Aparecida Ferreira Januário, a esposa do homem acusado. Ela afirma que Anderson é inocente e que, ao contrário do que informa o boletim de ocorrência, os fios estavam em local de descarte. 

“O meu marido passou pela Rumo e havia alguns fios em descarte no reciclável e pegou esses fios que iam para o lixo. Eles acusaram meu marido de ladrão, sendo que na sacola, havia fios de descarte”, detalha sobre o dia do incidente. 

Segundo Bruna, Anderson e ela, também catadora de reciclável, tinham acordo verbal com funcionários da Rumo para pegar lixos recicláveis. Ela afirma que, no dia, o seu esposo cortou caminho pela sede para ir para casa, no Jardim Panamá. “No dia que aconteceu tudo isso, o meu marido estava cortando caminho por ali, pois tinha que comprar comida para nós”

Após o caso, Anderson foi indiciado e responde processualmente pelo crime de furto. Bruna pede justiça ao caso de seu marido. “Quero que a empresa reconheça que eles estão errados. Porque eles acusaram um pai de família. Eu fiquei sem alimentos para os meus filhos. Dependo de doações dos vizinhos para comer, porque meu marido esteve preso sendo inocente”, conta. 

Após as audiências realizadas judicialmente, cabe ao Ministério Público (MPPR) decidir se acusa ou não Anderson de cometer o delito. 

O que a Rumo diz

O Portal BnT entou em contato com a Rumo Logística para pedir um posicionamento em relação à acusação e ao processo em andamento. Em nota, a concessionária contradiz a versão de que os fios foram pegos no lixo e alega que, “conforme apuração, haviam sido cortados de uma das máquinas da empresa”.

Ainda segundo a nota, a Rumo reforça seu compromisso com a segurança e a preservação do patrimônio da empresa, colaborando com as autoridades no andamento do processo judicial”. Confira a nota na íntegra.

Nota Rumo 

A concessionária informa que, durante uma ronda de rotina no Pátio LUS, em Ponta Grossa (PR), a equipe de escolta identificou um indivíduo em atitude suspeita dentro da área operacional, sem a devida autorização. O suspeito foi encontrado portando sacolas contendo fios de cobre, que, conforme apuração, haviam sido cortados de uma das máquinas da empresa.

A autoridade policial, diante dessa situação, efetuou a prisão em flagrante do indivíduo por furto, tendo o Poder Judiciário concluído pela regularidade do procedimento, homologando a prisão em flagrante.

Atualmente, o indivíduo responde a processo criminal em liberdade provisória, tendo se comprometido judicialmente a não mudar de endereço e a comparecer às audiências determinadas pelo juiz responsável pelo caso.

A Rumo reforça seu compromisso com a segurança e a preservação do patrimônio da empresa, colaborando com as autoridades no andamento do processo judicial.

Vinicius Sampaio

Vinicius Sampaio

Sou formado em Jornalismo na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Sou repórter do jornal Boca no Trombone, responsável por policial, esportes e política. Facilidade em comunicação visual, textual e verbal. Possuo conhecimento e um apreço especial por jornalismo de dados.

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