Desde domingo (20), o paciente Angelo Máximo Ribeiro, de 48 anos, que se encontra na UPA Santa Paula, em Ponta Grossa, espera uma vaga na central de leitos em um hospital do Estado para ser avaliado por um cirurgião.
A reportagem conversou com Mirela Ribeiro de Camargo, uma das sobrinhas de Angelo. Ela disse que seu tio fez uma cirurgia de hérnia há aproximadamente cinco meses e que caiu recentemente. “Com isso começou a querer abrir os pontos. Foi para a UPA no domingo perto das 13 horas. Quando chegou lá, começou a sair muito pus, fizeram curativo e está esperando vaga. Agora ele precisa de uma avaliação para saber o motivo de estar vazando pus”.
Mirela também explica que o hospital que abrir vaga ele vai. “Eles estão priorizando o Hospital Universitário (HU-UEPG), porque a cirurgia foi feita lá. Mas, onde tiver vaga é para ele ir”. Além disso, a sobrinha também conta que Angelo é deficiente e não consegue movimentar direito um lado do corpo.
Posicionamentos
A reportagem entrou em contato com a UPA Santa Paula e com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Em nota, a UPA detalha “o paciente está em observação na UPA. Fizemos o cadastro dele na Central de Leitos e não houve aceite de vaga até o momento, mas está dentro do prazo. Ele deu entrada na unidade, foi atendido pelo médico, avaliada a situação e feita a solicitação para transferência. A Assistente Social falou com ele agora, explicou sobre esse fluxo e diz que ele está bem ciente da situação. Ele está em leito de observação, está sendo cuidado”.
A Sesa aponta que o Paraná possui uma ampla rede hospitalar onde são concentrados os pedidos de transferência de pacientes entre os serviços de saúde. Esse processo é permanente e ocorre de acordo com a demanda e gravidade de cada caso, essa é a atuação do Complexo Regulador.
“O referido paciente foi inserido na Central de Regulação de Leitos na tarde desta segunda-feira (21) e a Sesa busca uma vaga em unidade hospitalar para transferência do paciente. Esclarecemos que pelo quadro descrito no Sistema de Regulação, não há critérios para regulação de urgência (vaga zero), porém em caso de agravo, solicitante deve entrar em contato com a regulação do SAMU ou até mesmo com a Central de Regulação de Leitos, para melhor esclarecimento. Ressaltamos que o paciente está recebendo atendimento adequado na Upa sem qualquer tipo de desassistência”.
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