Nesta sexta-feira (23), Londrina recebeu a visita do secretário estadual de Saúde, Beto Preto, que apresentou um panorama preocupante sobre as doenças respiratórias que afetam o estado do Paraná. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), os hospitais estão enfrentando uma saturação nos atendimentos de emergência devido ao aumento dos casos de sintomas respiratórios.
Beto Preto informou que, atualmente, 20% das ocorrências são relacionadas à Influenza A, uma doença que pode ser prevenida através da vacinação, enquanto 30% dos casos são provocados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), conhecido por causar bronquiolite em crianças pequenas. O secretário ressaltou que, embora os números deste ano sejam inferiores aos do ano passado, a gravidade dos casos tem gerado um aumento significativo nas internações em enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pediátricas. “Neste ano, já registramos 11 mortes de crianças menores de 12 anos devido a doenças respiratórias, um aumento em relação às quatro mortes do mesmo período no ano anterior”, alertou.
O secretário enfatizou a importância da informação precisa para combater a desinformação sobre vacinas. Ele informou que o Paraná recebeu 4,7 milhões de doses da vacina contra a Influenza A, com 2,1 milhões já aplicadas. No entanto, a adesão vacinal é alarmantemente baixa: apenas 20,7% das crianças e 34% da população dos grupos prioritários foram vacinados até o momento. A meta do Ministério da Saúde é alcançar 90% de cobertura vacinal.
A situação das UTIs pediátricas no estado está próxima do limite máximo de ocupação. Beto Preto observou que, embora o Paraná ainda mantenha um controle moderado em comparação com outros estados, o aumento recente nos casos pode exigir uma rápida expansão na capacidade hospitalar. Até agora, o estado não declarou situação de emergência, mas essa possibilidade não está descartada diante do cenário atual.
Em resposta à necessidade urgente de vacinação, Beto Preto destacou as iniciativas para ampliar a cobertura vacinal fora dos postos tradicionais. O estado conta com 1.850 salas de vacinação e planeja levar as doses para locais com grande fluxo de pessoas, como igrejas, terminais rodoviários e estádios durante eventos esportivos.
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