Um mega bazar. Daqueles em que se encontra de pequenos artigos de plásticos e copos a R$ 0,50 até geladeiras. Tudo seminovo.
Haverá coisas à venda que ainda carregam a etiqueta. Isso é o que espera o público dos dias 5 a 12 deste mês, no Centro de Ação Pastoral Padre Carlos Zelesny da Paróquia São Sebastião/Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida. Considerado o maior bazar já realizado pela Oficina de São Rita de Cássia em 30 anos, o evento terá toda a verba arrecadada direcionada às obras de readequação do santuário, que teve derrubados 40% da torre que sustentava a cruz da igreja, em outubro.
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O bazar ficará aberto das 8h30 às 17h30, sem fechar para o almoço. Serão comercializadas roupas – de recém nascidos a idosos – móveis, utensílios domésticos, itens de cama, mesa e banho, brinquedos, quadros, objetos religiosos e eletrodomésticos – batedeiras, máquina de fazer pão, geladeiras, aquecedores – louças e prancha para cabelo, por exemplo. Ao todo, serão cinco mil peças. Tudo doado por paroquianos e devotos de Nossa Senhora Aparecida. Os valores partem de R$ 0,50.
“É o maior bazar em 30 anos, justamente com o intuito de ajudar a reconstrução do santuário. Estamos trabalhando há dois meses, organizando para que esteja tudo em ordem e fique seguro para mães que vieram com crianças. Separamos tudo por seções: infantil, feminina, cama mesa e banho, roupas. Tem coisa nova e seminova, coisa ainda com etiqueta”, destaca Thelma Maria Cosmoski Campagnoli, diretora da Oficina de Santa Rita, da Paróquia São Sebastião e da Associação de Oficina de Caridade Santa Rita de Cássia de Ponta Grossa.
Conforme Thelma, geralmente são realizados dois bazares por ano. Um no inverno, outro no verão. “Este ano, por providência divina, como estamos precisando recuperar as instalações, surgiram tantas coisas. São artigos de qualidade, limpos, organizados com a maior higiene. Os valores vão de cinquenta centavos, para copos e pequenos artigos de plástico, até geladeira, berços, tapetes…Os mais caros são os eletrodomésticos. Se cada um ajudar, com o que puder, vamos conseguir recuperar nossa igreja”, adianta. O acesso aos produtos será coordenado e respeitará o horário de chegada de cada pessoa.
A diretora conta que perdeu a mãe, Maria das Neves Teixeira de Camargo Filha, há pouco mais de um mês. “Tudo o que havia na casa da minha mãe estará no bazar. Ela doou tudo para a paróquia, suas coisas, os móveis de família…de uma casa que eu tinha em uma fazenda também tem muitos objetos aqui; as crianças da família também doaram seus brinquedos. Tudo para ajudar”, conta.
O bazar só não vai funcionar no domingo, dia 7.
Oficina de Santa Rita
A Oficina de Santa Rita foi fundada na Espanha, em 1091. Leva o nome de Santa Rita em homenagem à italiana que personifica todas as qualidades de uma mulher como jovem, esposa, mãe, viúva, temente a Deus e caridosa que foi. Em Ponta Grossa, a Oficina existe desde 1994. A partir de 97 começou a existir oficialmente, como entidade civil, sem fins lucrativos.
“Surgiu como entidade para ajudar a fazer enxovais, mas, com o decorrer do tempo, o pessoal muito pródigo foi adquirindo novas faces de trabalho, com o atendimento de carentes, doentes e oferta de cestas básicas. Junto com o grupo do Projeto Mãe que Alimenta, atendemos 500 famílias cadastradas, toda segunda-feira. Desde setembro de 1994 estamos no bairro. Nunca paramos. Somos um pequeno grupo de senhoras que tem alegria e caridade para servir alguém que precisa”, explica Thelma. A Oficina conta atualmente com 20 pessoas e tem o apoio da comunidade.
A Oficina está à frente do mega bazar, mas convocou integrantes de outras pastorais para ajudar. “A parte humana faz muita falta”, acrescenta a diretora. Ela faz questão de ressaltar o atendimento dado às mães que precisam de enxoval para seus bebês.
“Somos criteriosos com a qualidade. Também durante três meses garantimos comida para a gestante, para se alimentar bem e ficar bem fisicamente para cuidar da criança. Na cesta, nada básica, que entregamos para pessoas cadastradas, oferecemos feijão, arroz, farinha, café e itens para alegrar a vida das mães e das crianças. Colocamos achocolatados, bolachas, sucos…Até chocolate foram entregues agora na Páscoa e sempre acompanham as cestas 12 litros de leite. Atendemos ainda doentes, acamados crônicos, que são ajudados continuadamente, recebendo alimentos e fraldas geriátricas”, testemunha Thelma. O grupo arrecada ainda material para a construção de banheiros em casas de famílias com muita dificuldade financeira. Colaborou cedendo agasalhos, roupas e telhas para as vítimas dos últimos temporais.
Na paróquia, ajuda nos festejos com a decoração e a restauração de imagens. “Trabalhamos nos três turnos”, brinca Thelma. O Movimento Oficina de Santa Rita conta com quatro grupos em Ponta Grossa, sempre ligados a paróquias. Ele existe na São José/Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Paróquia Santa Rita de Cássia e São Sebastião. Há ainda um grupo formado por componentes de todos os grupos. “Quem tem Deus no coração a vida inteira consegue estar equilibrado, afasta as tristezas e se anima, servindo os irmãos”, resume Thelma Maria Campagnoli.
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