Ponta Grossa

Pesquisadores da UEPG desenvolvem biotecnologia para aumentar produtividade da soja

Pesquisadores da UEPG desenvolvem biotecnologia para aumentar produtividade da soja Boca no Trombone Pesquisadores da UEPG desenvolvem biotecnologia para aumentar produtividade da soja
Foto: divulgação
Estudo aponta que nova estirpe de bactéria pode elevar ganhos em mais de 200 dólares por hectare e fortalecer competitividade da soja brasileira no mercado global

Pesquisadores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) publicaram um estudo na revista Plant and Soil que demonstra o potencial de aumento na produtividade da soja brasileira, estimado em mais de 15 bilhões de dólares anuais. O trabalho detalha os efeitos da aplicação de bactérias na cultura da soja em diferentes regiões do país, representando um avanço significativo para o agronegócio.

O estudo, desenvolvido ao longo de cinco anos, contou com a participação de pesquisadores do Laboratório de Biologia Molecular Microbiana (Labmom) da UEPG, incluindo os professores Rafael Etto e Carolina Galvão, além de pós-doutorandos e alunos da instituição. A pesquisa foi realizada em colaboração com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Instituto Federal Goiano (IFGoiano) e outras instituições ligadas ao setor agropecuário.

A técnica utilizada no estudo foi a co-inoculação, que consiste na aplicação conjunta das bactérias Bradyrhizobium spp. e Azospirillum brasilense HM053 na soja, promovendo maior desenvolvimento das plantas. Segundo a professora Carolina Galvão, a novidade apresentada no artigo é a introdução da estirpe A. brasilense HM053, excretora de amônio, que, em testes, resultou em um incremento de mais de 200 dólares por hectare quando comparada à tecnologia de co-inoculação já utilizada.

A fixação biológica de nitrogênio na soja já proporciona ao Brasil uma economia de 15 bilhões de dólares por ano em fertilizantes nitrogenados e gera 5 bilhões de dólares em créditos de carbono. De acordo com o professor Rafael Etto, a expectativa é que a nova estirpe amplifique esses números, tornando a soja brasileira ainda mais competitiva no mercado global e incentivando práticas agrícolas sustentáveis.

A estirpe A. brasilense HM053 foi isolada e caracterizada bioquimicamente por pesquisadores da UFPR. O professor Fábio Pedrosa, que coordenou essa etapa da pesquisa, destaca que a nova bactéria representa uma biotecnologia segura tanto para a indústria quanto para os agricultores, podendo trazer impactos positivos para a produtividade agrícola do país. O artigo completo dos pesquisadores você encontra aqui.

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