Coluna

PG tem muito a aprender com as enchentes no Rio Grande do Sul

Um ponto preocupante é que PG ainda não possui um plano de macrodrenagem, essencial para identificar áreas de maior risco de inundação e definir obras


Em momentos de sofrimento, como o que atualmente assola o Rio Grande do Sul, é comovente testemunhar a solidariedade de pontagrossenses que se mobilizaram para ajudar nossos irmãos gaúchos. A generosidade de nossa comunidade, que enviou alimentos, cobertores, água e medicamentos, traz um alento significativo àqueles que enfrentam as inundações. No entanto, essa situação nos leva a refletir sobre nossa própria vulnerabilidade em Ponta Grossa.

Nos últimos dois anos, nossa cidade também sofreu com enchentes. Ruas alagadas, cemitérios inundados e a BR-376 bloqueada são imagens que ficaram marcadas em nossa memória. As áreas de baixada foram as mais afetadas, prejudicando principalmente a população mais pobre. Mas o problema não se restringe apenas a esses locais. As inundações têm atingido cada vez mais áreas mais altas da cidade, levantando a urgente questão: como podemos evitar que Ponta Grossa sofra como o Rio Grande do Sul?

A resposta começa com a mobilização e conscientização de cada cidadão. Pequenas ações, como não jogar lixo nas ruas e manter vegetação em nossas casas, ajudam a melhorar a permeabilidade do solo, funcionando como uma esponja para a água da chuva. Além disso, é fundamental cobrarmos do poder público que cumpra seu papel na prevenção de desastres.

Um ponto preocupante é que Ponta Grossa ainda não possui um plano de macrodrenagem, essencial para identificar áreas de maior risco de inundação e definir onde se devem realizar obras de engenharia. Mesmo construções planejadas para regular a água, como o lago de Olarias, sofreram com enchentes devido ao assoreamento causado por construções inadequadas em seus arredores.

Para buscar soluções efetivas, convido todos a participarem de um grande seminário que ocorrerá em julho. Este evento será realizado em parceria com diversos departamentos da UEPG, que possuem pesquisas e trabalhos voltados para a prevenção de inundações. Também envolveremos a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e de Meio Ambiente e outras organizações relevantes para elaborar resoluções conjuntas.

Sua participação é crucial. Venha debater conosco e ajude a cobrar ações efetivas do poder público. Juntos, podemos construir uma Ponta Grossa mais sustentável e resiliente, capaz de enfrentar os desafios que as mudanças climáticas impõem.

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Guilherme Mazer

Guilherme Mazer

Engenheiro Agrônomo
Mestre em Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável
Integrante do Mandato Coletivo
Pré-candidato à vereador pelo PT em Ponta Grossa

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