A Polícia Civil de São Paulo concluiu as investigações sobre o contrato firmado entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet e decidiu indiciar o presidente do clube, Augusto Melo, pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado.
Além do presidente, também foram indiciados Sérgio Moura e Marcelo Mariano, ambos ex-integrantes da diretoria do clube, e Alex Cassundé, responsável por intermediar o contrato investigado.
O relatório da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro, ligado ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), aponta que valores pagos pelo Corinthians à empresa Rede Social Media Design LTDA, ligada a Cassundé, foram desviados para uma empresa de fachada. Na sequência, os recursos acabaram em contas relacionadas a integrantes do crime organizado.
Com a conclusão do inquérito, o caso segue agora para análise do Ministério Público de São Paulo, que decidirá se apresenta denúncia formal contra os envolvidos.
Internamente, a crise no clube se agrava. Na próxima segunda-feira (26), o Conselho Deliberativo do Corinthians se reúne no Parque São Jorge para votar o pedido de impeachment de Augusto Melo, protocolado no ano passado, também relacionado às suspeitas no contrato com a VaideBet.
Procurado, o Corinthians informou que não vai se manifestar oficialmente sobre o indiciamento.
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