Uma clínica de estética em Castro foi interditada pelo Conselho Regional de Biomedicina do Paraná 6° Região (CRBM6) e pela Vigilância Sanitária do município no dia 4, após o recebimento de uma denúncia de exercício irregular da profissão de biomedicina. Entre as irregularidades está a falta de formação profissional da responsável e a ausência de licença sanitária do estabelecimento comercial. O caso foi divulgado apenas nesta quinta-feira (11).
A reportagem do Portal Boca no Trombone conversou com a vigilância sanitária e também com a Polícia Civil que investiga o caso como crime de exercício ilegal e lesão corporal. Para a médica veterinária da vigilância sanitária de Castro, Natalie Zahdy, todos os estabelecimentos que tem atividade no município, precisam ser vistoriados e liberados pela vigilância. A responsável disse que exercia a atividade há dois anos.
“Houve uma denúncia junto ao Conselho de Biomedicina e a técnica do conselho veio até a Vigilância Sanitária solicitando apoio. Ao chegar na clínica, a proprietária se intitulava em redes sociais como biomédica e realizava procedimentos não autorizados, qual também não tinha licença sanitária”, disse Natalie. “Após isso, o estabelecimento foi interditado para a mesma poder regularizar a situação, pois tem apenas cursos avulsos. No momento junto a vigilância sanitária está em prazo de adequação e somente poderá exercer atividades que os cursos que tem lhe permitem. Em relação aos procedimentos que estava realizando, fazia o exercício ilegal da profissão”, destaca Natalie Zahdy.
Para o presidente do CRBM6, Thiago Massuda “verificamos que a diretora da clínica não tem formação profissional e nem as competências necessárias para realizar procedimentos estéticos com segurança. Ela tem apenas cursos livres, mas sem graduação e sem habilitação, o que contraria as normas legais”.
Se haveria mais pessoas trabalhando na clínica, a médica veterinária explica que somente ela exercia os atendimentos. Sobre multa, Natalie comenta “o processo dentro da vigilância está correndo. A penalidade pode ser de advertência, multa ou até interdição total, podendo ser caçado o MEI”.
Investigação
A Polícia Civil também acompanha o caso. Em conversa com a delegada Renata Batista, conta que a mulher não foi presa em flagrante, porque no momento da abordagem a responsável não realiza nenhum procedimento. “Estamos realizando investigações para apurar todas as condutas. Além do exercício irregular da profissão também a falta de licença sanitária”. A delegada ainda aponta que a mulher pode responder por possível crime de lesão corporal.
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