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Sebrae e Porto Amazonas investem na potencialização da apicultura e meliponicultora

Foto: Denis Ferreira Netto – Sedest
Estruturação de ações visa a abertura de novos mercados, a atração de turistas, a preservação e a conscientização ambiental, além da criação da associação.

Apicultores, meliponicultores, Sebrae/PR e a Prefeitura de Porto Amazonas, na região dos Campos Gerais, estão trabalhando, em conjunto, para potencializar as atividades na cidade. Uma série de reuniões tem sido realizadas com o intuito de definir ações que gerem novas oportunidades, mais renda aos produtores e que respeitem a preservação ambiental.

Conforme a chefe da Divisão do Meio Ambiente da Prefeitura de Porto Amazonas, Mireylla Bassani Lima Cordeiro, a maioria dos apicultores porto-amazonenses trabalha de forma individual, o que impacta na rentabilidade do negócio. Alguns focam na produção de mel, tanto de abelhas com ferrão quanto as nativas (sem ferrão) e, outros, com a locação das abelhas para grandes propriedades rurais, com a função de polinização, ou seja, de transferir o pólen de uma planta para outra, o que resulta no aumento de produtividade no campo.

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Porto Amazonas é conhecida como a Terra da Maçã e, conforme Mireylla, esses polinizadores são importantes para diversas culturas. Diante disso, o Município e os produtores sugeriram a criação da Associação Porto-Amazonense de Apicultores e Meliponicultores, para que a categoria possa ter mais representatividade e que, de forma planejada e estruturada, formate ações que agreguem valor na atividade, com novos olhares, ideias, soluções e alternativas.

“O Sebrae/PR tem sido fundamental nesse processo, que é bastante burocrático. Estimamos que, nos próximos dias, a associação seja criada oficialmente”, conta Mireylla.

Um dos planos para o mel produzido em Porto Amazonas é trabalhar no pedido de obtenção do Serviço de Inspeção Federal (SIF), um sistema de controle do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que avalia a qualidade na produção de alimentos de origem animal comestíveis ou não. Outra ação, conforme Mireylla, é desenvolver um slogan para o mel, com o intuito de fortalecer a identidade da marca, no qual cada produtor assina seu produto.

A consultora do Sebrae/PR, Mariana Santana Scheibel, explica que é importante identificar oportunidades de mercado e desenvolver produtos que cheguem em outras localidades ou países. O mel produzido pelas abelhas nativas, por exemplo, tem propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias, cicatrizantes e até 70% menos açúcar.

“Esperamos que esse projeto renda bons frutos. Vamos auxiliar na busca pelo serviço de inspeção, selo de qualidade nos produtos, padronização e estudar a possibilidade de marca coletiva ou Indicação Geográfica”, frisa a consultora.

A apicultora e meliponicultora de Porto Amazonas, Josmari Aparecida de Oliveira Pelinski, atua com abelhas há aproximadamente cinco anos, com atividades que visam a preservação e educação ambiental, além do resgate de abelhas em áreas de supressão.

“Levamos a espécie Mirim-Guaçu e Jataí nas escolas, fazemos uma breve apresentação e reforçamos a importância que as abelhas têm na natureza. Acreditamos que é preciso apostar na conscientização das crianças, pois a abelha, além de produzir o mel, tem papel fundamental na polinização e na produção de própolis”, defende.

A expectativa, segundo ela, é que Porto Amazonas seja reconhecido não somente como a Terra da Maçã, mas pelo trabalho de preservação ambiental enraizada, de educação ambiental, filosofia de vida, compartilhamento de conhecimento e polinização.

“Além disso, que os turistas conheçam as abelhas sem ferrão, pois localmente temos a espécie Guaraipo, que está ameaçada de extinção”, conta Josmari.

Poliniza PR

Com foco na educação ambiental, o grupo estuda a possibilidade de Porto Amazonas integrar o Programa Poliniza PR, do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), que prevê a instalação de colmeias de abelhas nativas sem ferrão em diversas cidades para reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem, pois muitos se encontram ameaçados de extinção, além de despertar na sociedade a consciência ecossistêmica e a compreensão do funcionamento harmonioso da natureza.


Das assessorias

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