Um stalker de 31 anos foi preso em flagrante na quinta-feira (3) em Cianorte, no Norte do Paraná, após invadir a casa da melhor amiga de uma jovem de 20 anos, vítima de perseguição obsessiva. O homem é acusado de violência psicológica e perseguição, práticas que impactaram diretamente a vida pessoal e profissional da vítima, que perdeu o emprego e teve o relacionamento amoroso destruído.
Segundo o delegado Cássio Henrique, da Polícia Civil do Paraná (PC-PR), o homem já havia perseguido outras mulheres com um padrão repetido de comportamento abusivo.
“Ele conhece uma mulher, começa a conversar e, quando a relação é interrompida, não aceita o fim e inicia as ameaças e perseguições”, explicou o delegado.
Com a vítima de Cianorte, a conversa começou quatro semanas atrás. Quando a jovem iniciou um novo relacionamento e decidiu se afastar, o perseguidor passou a agir de forma agressiva. Ele procurou o namorado da vítima e inventou mentiras, o que levou ao término do casal.
Além disso, o stalker começou a enviar presentes constrangedores diariamente ao supermercado onde a vítima trabalhava, expondo-a diante dos colegas e superiores. Ele também tentou manipular o gerente do local, o que culminou na demissão da jovem.
Após perder o emprego, a jovem foi visitar a melhor amiga, mas o stalker a seguiu e invadiu a casa. A vítima conseguiu se esconder no banheiro e acionou a Polícia Militar do Paraná (PM-PR), que prendeu o homem em flagrante.
A Justiça determinou a prisão preventiva do acusado, que está detido na Cadeia Pública de Cianorte. O stalker responderá por violência psicológica e perseguição, crimes previstos no Código Penal desde 2021, com pena de até dois anos de prisão e multa.
Após a prisão, outras duas mulheres — uma de Cianorte e outra de Mariluz — também denunciaram o homem por condutas semelhantes. A polícia não descarta a existência de mais vítimas.
ℹ️ O que é um stalker?
“Stalker” é o termo usado para definir pessoas que perseguem, ameaçam ou invadem a privacidade de alguém de maneira obsessiva. A perseguição pode incluir ligações, mensagens, envio de presentes, difamação nas redes sociais e atos presenciais de intimidação, podendo gerar sérios danos emocionais à vítima.
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