Um boletim da Rede de Observatórios da Segurança, lançado nesta segunda-feira (06), mostra que o Brasil registrou 2.423 casos de violência contra a mulher em 2022, sendo 495 deles feminicídios. Isso mostra que, a cada 4 horas, uma brasileira é agredida ou morta.
No Paraná, mais de 44 mil casos de violência doméstica foram registrados em 2022, número recorde no Estado. Além disso, 274 mulheres morreram ou foram vítimas de tentativa de feminicídio, um aumento de 30% em relação à 2021. E em 2023 a situação ainda continua grave.
De 1 de janeiro até 8 de março deste ano, cerca de 40 matérias já foram publicadas no portal Boca no Trombone, onde há a ocorrência de violência contra mulher, tanto em Ponta Grossa quanto na região dos Campos Gerais. Os crimes são dos mais adversos possíveis como agressões (com garrafas, barras de ferro, etc.), espancamentos, estupros, cárcere privado, ameaças de morte e assassinatos. Mas o número é bem maior que isso.
A maior parte dos registros tem como autor da violência companheiros e ex-companheiros das vítimas. São eles os responsáveis por 75% dos casos de feminicídio, tendo como principais motivações brigas e términos de relacionamento.
Edna Jatobá, coordenadora da Rede e defensora dos direitos das mulheres alertam que não basta apenas a punição dos crimes, mas sim um acompanhamento da mulher pós-ocorrência. “Se faz necessário o fortalecimento das lutas que já existem e que não são totalmente aplicadas. Mas o foco tem que ser a vítima, que tem que ser protegida, e não somente a punição do agressor”.
Em Ponta Grossa, a Delegacia da Mulher fica localizada na Rua XV de Novembro, 909, e é aberta de segunda à sexta-feira. Violência contra mulher é crime e deve ser relatada às autoridades policiais o quanto antes, para que os indivíduos abusivos não fiquem impunes e tenham aquilo que merece. DENÚNCIE.
Com informações da Agência Brasil