Para boa parte das pessoas, as festas de fim de ano – como Natal e Réveillon – marcadas por grandes celebrações – são momentos de alegria, empolgação e confraternização. Mas parte da comunidade de seres vivos pode viver situações de extremo sofrimento nessas ocasiões, levando a ferimentos severos, sequelas e até mortes, em decorrência dos ruídos causados por rojões e fogos de artifício com estampidos.
As luzes que anunciam o novo ano, uma tradição secular mundo afora, não costumam ser positivas para animais domésticos e silvestres: Os animais possuem um alcance auditivo muito superior ao dos seres humanos. No caso dos cães, por exemplo, eles conseguem ouvir sons até quatro vezes mais distantes que a audição e em frequências muito mais altas.
Além disso, segundo especialistas, eles não compreendem a origem do barulho, o que agrava a sensação de perigo. É como se estivessem diante de uma ameaça iminente, sem possibilidade de fuga ou proteção.
As aves estão entre as espécies mais afetadas, porque são extremamente sensíveis a ruídos altos, podendo sofrer ataques cardíacos pelo estresse, abandonar os ninhos e perder a orientação de voo, se chocando contra árvores e outros obstáculos. Em ambientes rurais, animais de criação, como cavalos, bovinos e galinhas, podem entrar em desespero, resultando em ferimentos e também óbitos.
Orientações
Especialistas dão orientações sobre como prevenir ou minimizar o impacto desses ruídos. No caso dos pets, é importante preparar um ambiente seguro dentro de casa para o animal.
“Crie um espaço onde ele se sinta protegido, com acesso a cobertores ou a um local fechado, como um cômodo pequeno. Sons mais suaves, como uma música relaxante ou o som da TV, podem ajudar a mascarar o barulho dos fogos. Em casos mais graves, o tutor deve buscar orientação veterinária”, recomenda o veterinário Neander Oíbio.
Algumas terapias comportamentais e medicamentos que ajudam a reduzir a ansiedade dos bichinhos nesses momentos. Outra medida importante é a contenção é o uso de faixas de compressão ou “roupas calmantes”, que dão uma sensação de segurança ao animal.
O animal não deve estar preso a guias, pois pode se assustar com o barulho excessivo e se ferir gravemente. Coleiras do tipo peitoral são mais seguras, mas, ainda assim, não é recomendado que o animal fique preso nesses períodos.
Caso o animal fuja, a devida identificação pode auxiliar na localização. Assim, pode-se indicar o uso de placas na coleira/peitoral do animal que contenham nome e telefone dos tutores
Punição
Em Ponta Grossa, é proibido o estouro de fogos de artifício de alto estampido – como rojões. A multa pode chegar a mais de R$1 mil. Saiba mais aqui.
Com informações da Agência Brasil e redação BNT
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