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Falta de contabilidade pode gerar gastos extras com impostos

Falta de contabilidade pode gerar gastos extras com impostos
Falta de contabilidade pode gerar gastos extras com impostos
Constantes mudanças na legislação brasileira fazem com que companhias deixem de aproveitar exceções e benefícios fiscais

Dados de uma pesquisa conduzida pela e-Auditoria com 52 mil empresas constatou que, de 2018 a 2023, elas pagaram cerca de R$ 5,5 bilhões a mais do que deveriam em impostos. A média é de R$ 104 mil em excesso por CNPJ. O levantamento foi divulgado pela revista Forbes.

De acordo com Heitor Carvalho, diretor comercial da Contajá, empresa de base tecnológica, focada em ajudar empresários na gestão contábil, 100% online, as empresas brasileiras têm pago mais impostos anualmente devido à complexidade das legislações e suas constantes mudanças. Ele afirma que, ao acompanhar milhares de companhias, foi possível detectar erros comuns entre elas no pagamento de impostos.

“Algumas empresas negligenciam o fato de ter uma contabilidade especializada no assunto. Isso faz toda a diferença. Além disso, a legislação brasileira é complexa e tem várias particularidades, incluindo não só obrigações, mas também a possibilidade de utilizar benefícios e isenções fiscais”, explica Carvalho.

A classificação incorreta de mercadorias, por exemplo, pode levar a empresa a uma autuação fiscal, onde é obrigada a pagar retroativamente os tributos devidos, acrescidos de juros e multas. Além disso, um dos principais erros ao apurar impostos é usar uma base de cálculo (quantia sobre a qual a alíquota do tributo incidirá) incorreta. Isso pode acarretar a penalização da empresa.

As empresas enfrentam uma variedade de impostos e de tributos que afetam suas operações, mas podem optar por diferentes regimes tributários, como, por exemplo, o Simples Nacional (indicado para micro e pequenas empresas, com alíquotas simplificadas), Lucro Presumido (que se baseia em uma margem de lucro presumida para calcular os impostos) e Lucro Real (que calcula os impostos com base no lucro efetivo da empresa).

Esferas tributárias

O sistema brasileiro é dividido em três esferas, cada uma com seus próprios tributos. Os impostos federais são aqueles estabelecidos pelo governo e aplicados em todo o território nacional, como Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Os impostos estaduais variam de acordo com cada Estado, sendo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) um dos mais conhecidos. Ele é aplicado sobre a circulação de mercadorias e a prestação de serviços, importante para a arrecadação dos Estados.

Já os impostos municipais são estabelecidos pelas prefeituras. O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) é um exemplo comum de tributo municipal e incide sobre a prestação de serviços.

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