Esportes

CPI das Apostas Esportivas deverá ir até o fim do ano e ouvir jogador da Seleção

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Imagem: Marcos Oliveira | Agência Senado
Senadores acreditam que há elementos para estender os trabalhos da CPI pelo menos até dezembro, mediante a chegada de novos documentos

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, articulada pelo Senado Federal, deve ser prorrogada até o fim do ano. Os senadores querem ouvir o jogador Lucas Paquetá, do West Ham e da Seleção Brasileira, no segundo semestre.

Os requerimentos de convite ao atleta foram apresentados pelo presidente do colegiado, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), e pelo vice-presidente, senador Eduardo Girão (Novo-CE), e aprovados em 18 de junho.

Kajuru e Girão consideram fundamental a CPI ouvir o depoimento de Lucas Paquetá. Os parlamentares apontam notícias veiculadas na imprensa segundo as quais o jogador teria sido denunciado pela Federação Inglesa de Futebol por má conduta com relação a apostas em quatro jogos da Premier League. 

Em seus requerimentos, Kajuru e Girão mencionam a acusação formal, que diz que Paquetá teria forçado cartões amarelos em quatro partidas entre novembro de 2022 e agosto de 2023. 

“Os fatos tiveram repercussão no Brasil, pois algumas dezenas de apostadores residentes na área de origem do jogador (a ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro) apostaram nos cartões amarelos do atleta e, por isso, fizeram jus à premiação”, afirma Kajuru na justificativa do requerimento de convite. 

A data do comparecimento de Paquetá à CPI ainda será definida.

Prorrogação

Kajuru adiantou que há elementos suficientes para estender os trabalhos da CPI pelo menos até dezembro, mediante a chegada de novos documentos. De acordo com ele, a comissão recebeu novos arquivos da Receita Federal e da Polícia Federal que precisam ser analisados.

Além disso, o presidente da CPI ressaltou que mais de 300 partidas de futebol estão sob suspeita de manipulação dos resultados. Para o parlamentar, esses fatos justificam o pedido de prorrogação da comissão, cujos trabalhos terminariam em 7 de outubro. 

A comissão parlamentar de inquérito foi instalada em 10 de abril, com prazo inicial de funcionamento por 180 dias, com o objetivo de apurar fatos relacionados às denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas. 

Com informações da Agência Senado

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