A aluna de 66 anos da UEPG, Margareth Haas, viralizou nas redes sociais após ser aprovada no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Serviço Social. Moradora de Ponta Grossa, ela se tornou um exemplo de perseverança ao conquistar o diploma universitário décadas depois de interromper os estudos.
A história ganhou repercussão nacional após o neto de Margareth, Kauan Leitão, publicar uma foto com a legenda: “Minha vó hoje. Aos 66 anos, tirou 10 no TCC da faculdade”. O post ultrapassou 1 milhão de visualizações, duas mil repostagens e 64 mil comentários. Apesar da nota real ter sido 7,5 — e não 10 — o gesto do neto emocionou milhares de pessoas e destacou a jornada inspiradora da avó.
“Sonho antigo”
Margareth iniciou o curso de Serviço Social ainda em 1990, mas precisou abandonar a faculdade porque as aulas eram integrais. O sonho ficou em pausa até 2019, quando ela foi contratada como zeladora na UEPG. Dois anos depois, decidiu voltar à sala de aula e foi aprovada novamente no vestibular, desta vez para realizar o antigo desejo: “Ser uma assistente social”.
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Durante o curso, Margareth participou de projetos marcantes, como o Promigra – Processos Migratórios e Intercâmbio: Inclusão Social e Diversidade Cultural – onde atuou no apoio a imigrantes e aulas de português. Em 2024, também participou do Projeto Rondon Paraná, em Reserva do Iguaçu, experiência que inspirou o tema de seu TCC: A importância do Projeto Rondon para a formação profissional universitária.
A viralização nas redes começou após Margareth avisar a família sobre a aprovação no TCC. O neto, orgulhoso, decidiu compartilhar a conquista sem imaginar a repercussão. “Ela é batalhadora e dedicada, e merece todo esse reconhecimento”, contou.
“A vida segue depois dos 60”
Para Margareth, a nota é apenas um detalhe: “O mais importante é incentivar quem acha que é tarde para estudar. A vida segue depois dos 60”. A estudante também destacou o apoio das professoras Lenir Mainardi, Jussara Bourguignon e Edina Schimanski, que acompanharam sua trajetória dentro da universidade.
O caso da aluna de 66 anos da UEPG reforça a importância da educação como ferramenta de transformação e mostra que nunca é tarde para recomeçar os estudos e inspirar novas gerações em Ponta Grossa.
*Com informações da UEPG




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