A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta quarta-feira (18) um novo Informe Epidemiológico sobre a circulação de vírus respiratórios no Paraná. O boletim mostra aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e alerta para a baixa cobertura vacinal entre os grupos de risco.
De acordo com o relatório, foram registrados 1.397 novos casos de SRAG na última semana, um aumento de 12% em relação ao boletim anterior. Também houve acréscimo de 85 mortes (14%) em comparação ao informe anterior, que somava 12.011 casos e 598 óbitos.
Desde 29 de dezembro de 2024 até 14 de junho de 2025, o Paraná contabiliza 13.408 internações e 683 mortes por síndromes respiratórias graves. Entre os casos confirmados, 1.751 foram causados por Influenza, 567 por Covid-19, 3.400 por outros vírus respiratórios, 5.327 estão classificados como SRAG não especificada, 58 por outros agentes etiológicos e 2.305 ainda estão sob investigação.
Entre os óbitos confirmados, 165 foram por Influenza (24,2%), 82 por Covid-19 (12%), 69 por outros vírus respiratórios (10%), 15 por outros agentes e 344 (50%) seguem classificados como causa não especificada. Oito mortes ainda estão em investigação, e outras 320 foram descartadas por não se enquadrarem nos critérios de SRAG.
Crianças e idosos são os mais atingidos
A faixa etária mais afetada pela SRAG continua sendo a de crianças menores de seis anos, seguida pelos idosos. Dos casos notificados com identificação de vírus respiratórios, 5.180 apresentavam algum fator de risco associado, sendo que 300 evoluíram para óbito.
Um dado preocupante revelado pelo informe é a baixa adesão à vacina contra a gripe entre os grupos de risco. Entre os internados com SRAG por vírus respiratórios, 3.863 (87%) não estavam vacinados. Entre os que morreram, 249 (84%) também não haviam tomado a vacina.
Síndromes gripais seguem em circulação
Além dos casos de SRAG, o boletim registrou 1.483 casos de síndromes gripais (SG), que são monitoradas por amostragem. Os principais sintomas relatados em casos graves incluem febre, calafrios, tosse, dor de garganta, dor no peito, falta de ar, dor de cabeça, alterações no olfato ou paladar, saturação de oxigênio abaixo de 95% e coloração azulada dos lábios ou do rosto (cianose).
Os principais vírus em circulação no Estado seguem sendo Influenza, SARS-CoV-2 (Covid-19), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.
A Secretaria de Saúde reforça a importância da vacinação, especialmente entre os grupos vulneráveis, e orienta a população a procurar atendimento médico ao surgirem sintomas respiratórios graves. O informe completo está disponível no site da Sesa.
Com supervisão de Marcos Silva.