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Castro decreta estado de calamidade pública por 45 dias após fortes chuvas

Foto: Matheus de Lara
Decisão ocorre em decorrência das fortes chuvas. Entre os fatores está a grande enchente do Rio Iapó que alagou ruas e casas

O prefeito de Castro, Álvaro Telles, decretou nesta terça-feira (31 de outubro) ‘estado de calamidade pública’ em decorrência das fortes chuvas que caíram nos últimos dias. A decisão anunciada no Diário Oficial Eletrônico é válida por 45 dias, ou seja, até meados do mês de dezembro.

O decreto foi publicado após o temporal atingir vários locais e provocar alagamentos, deslizamentos, enchentes, vendavais e também prejudicar estradas rurais. Um dos agravantes é o transbordamento do Rio Iapó que atingiu ruas e casas próximas da Prainha. Entre elas também está a rua São Tomé e Adolfo Gustavo Lesmau na Vila Santa Cruz, a Dom Pedro II, Antônio Rolim de Moura e Dr. Romário Martins no centro, além de residências na rua General Câmara no bairro Von Bock. Além disso, as águas que passam pelo Parque Lacustre também correm risco de passar para a rua Mariana Marques e Tiradentes.

Em relação ao decreto, o prazo pode ser prorrogado por igual período se permanecerem as condições adversas, e que fica autoriza durante a vigência do estado de calamidade, a contratação emergencial de obras, prestadores de serviços e fornecedores de bens, relacionados à recuperação e manutenção de estradas rurais, ruas, prédios e espaços públicos, mais os serviços e materiais que se fazem necessários ao atendimento da população atingida.

Sobre os pontos que levaram a decisão do estado de calamidade, aponta que “considerando a notória quantidade de precipitação ocorrida na região, durante o período recente, que resultou o acúmulo de águas e cheias de rios e córregos nos limites do município, o que causou enxurradas, inundações, alagamentos e vendavais; considerando ainda a extensão territorial do município, com vasta área rural que é atendida pelas estradas mantidas pelo ente municipal, em sua maioria sem capacidade de escoamento e com diversos pontos de alagamento, diante do excesso pluviométrico; considerando a precariedade decorrente dessas chuvas, causando prejuízos e transtornos à população, impedindo e destruindo a produção agrícola, a circulação de insumos e produtos das atividades, bem como a remota possibilidade de que as chuvas cessem imediatamente”.

O decreto ainda traz que “a cheia do rio Iapó que corta área central da cidade, já dificulta e causa danos à parte da população que trabalha e reside na área urbana; considerando que a atual situação das estradas rurais prejudica o tráfego regular, o acesso aos serviços públicos essenciais, o transporte de estudantes, o escoamento da safra e da produção animal, bem como o acesso à área urbana da cidade; considerando que a situação tem causado grande prejuízo à população, dificultando ou impedindo a trafegabilidade de grande parte da malha viária rural pelos fatores adversos apresentados; e também considerando a interdição total ou parcial, em caso de chuvas, de diversas localidades rurais e a necessidade de aumento e pronto atendimento dos órgãos públicos municipais, sob risco de interrupção de serviços essenciais”.

Defesa Civil e Corpo de Bombeiros

Desde o início das chuvas, tanto a Defesa Civil como o Corpo de Bombeiros acompanham e trabalham para ajudar os moradores. A reportagem do Portal Boca no Trombone conversou com o superintendente de Habitação e responsável pela Defesa Civil, Diego de Jesus da Silva, qual disse que desde o domingo (29) até a terça-feira (31) foram atendidas 40 famílias.

“Essas famílias são da região de Samambaia, Arapongas, Vila Santa Cruz e Poço Grande. 10 pessoas foram recolhidas e abrigadas na Casa de Passagem, qual permaneceram até a segunda-feira (30) e já retornaram para as suas residências, visto que onde moravam não era a água do rio e sim esgoto que atingiu. A situação mais delicada são as casas da Vila Santa Cruz, próximo da Prainha, e nessa região o rio vem subindo, como também na área central, nas ruas próximas da Prainha, porque além do rio, o esgoto também está voltando para os imóveis, mas nenhum caso que o morador tem que sair de sua residência”, disse Diego.

Diego também destaca que “nos dias de feriado a equipe de habitação e defesa civil vão está de plantão. Vamos ficar recebendo doações sejam de colchões, móveis, produtos de limpeza e higiene pessoal. Também vamos está adquirindo pela prefeitura colchões de casal e solteiro, além de kits de higiene e limpeza”. As doações de roupas, alimentos e kits de higiene e limpeza podem ser feitas na Secretária de Assistência Social, localizada na rua Padre Damasco, n°81, centro. Já a doação de móveis e colchões podem ser realizadas no Educandário Manoel Ribas, na Avenida Pref. Ronie Cardoso, n°740, Jardim das Araucárias.

Energia elétrica suspensa

Desde a terça-feira (31), está suspensa o fornecimento de energia elétrica nos Parques Lacustre 1 e 2 e também na Prainha. Conforme a prefeitura, a medida administrada pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente, torna-se necessária para garantir a segurança dos moradores, ou seja, com os alagamentos aumentam o risco de incidente com choque elétrico.

Leia também: Rio Iapó transborda em Castro deixando casas alagadas e ruas interditadas


Matheus de Lara

Matheus de Lara

Jornalista formado pelo Centro Universitário Santa Amélia (UniSecal) de Ponta Grossa.

Graduado em dezembro de 2019, já trabalhou por dois anos em jornal impresso em conjunto com um portal de notícias. Atualmente exerce o cargo de jornalista no Portal Boca no Trombone, desde 13 de março de 2023.

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