Economia

Cesta básica tem queda de 1,35% e alivia bolso do consumidor, aponta economista Alexandre Lajes

O economista Alexandre Lajes esteve nos estúdios da BNT NEWS na manhã desta quinta-feira (08) para comentar os mais recentes dados econômicos que afetam diretamente o dia a dia do consumidor

O economista Alexandre Lajes esteve nos estúdios da BNT NEWS na manhã desta quinta-feira (08) para comentar os mais recentes dados econômicos que afetam diretamente o dia a dia do consumidor, com destaque para a cesta básica, inflação e taxa de juros. A boa notícia do mês, segundo ele, é a queda de 1,35% no valor da cesta básica, que representou uma economia média de R$ 13,51 para os consumidores.

“Apesar de ainda estarmos próximos da barreira psicológica dos R$ 1.000, conseguimos voltar para a casa dos R$ 990”, informou Lajes. Dos 33 itens analisados mensalmente, 20 apresentaram queda nos preços, três se mantiveram estáveis e apenas 10 registraram alta. O alívio, mesmo que modesto, é visto como positivo em um cenário de inflação persistente.

Entre os produtos que mais contribuíram para a queda, o destaque vai para os itens de hortifruti. “Esse grupo teve uma redução de quase 10%, com o tomate despencando 33,95% no mês. Já a batata puxou para cima, com alta de 23,38%”, explicou. Os únicos grupos que não acompanharam a queda foram as carnes, que subiram 2,26%, com destaque para a carne bovina, que aumentou 3,5%.

Além dos dados sobre o consumo básico, Alexandre Lajes também comentou o cenário macroeconômico, destacando os impactos da Super Quarta — dia em que tanto o Comitê de Política Monetária (Copom) quanto o Federal Reserve (Fed) dos EUA anunciam suas decisões sobre juros. No Brasil, a taxa Selic subiu 0,5 ponto percentual, chegando a 14,75% ao ano.

“É um número preocupante. Só perdemos para dois países no mundo em termos de juros reais”, disse Lajes. A decisão do Copom foi impulsionada pela inflação de serviços no Brasil, ainda acima da meta estabelecida. Segundo ele, o aumento dos gastos públicos e políticas de estímulo ao crédito têm dificultado a eficácia do aperto monetário.

Nos Estados Unidos, o Fed optou por manter a taxa entre 4,25% e 4,5%, apesar da pressão por uma redução. “Lá está ocorrendo uma estagflação — a economia não cresce, mas a inflação persiste. Isso torna as decisões ainda mais delicadas”, comentou.

O economista também ressaltou como esses fatores impactam diretamente a população: “Quando os juros sobem, o crédito fica mais caro. Isso afeta desde o financiamento de um carro até o acesso a empréstimos pessoais. O consumidor pensa mil vezes antes de assumir uma dívida”.

Encerrando a entrevista, Lajes reforçou a importância da pesquisa de preços e da substituição de marcas como estratégia para o consumidor lidar com as oscilações do mercado. “A variação entre estabelecimentos é grande, e nem sempre vale a pena gastar combustível indo de um mercado a outro. Mas, dentro do mesmo local, pesquisar bem já ajuda muito”, orientou.

A BNT reforça que a participação de Alexandre Lajes é mensal, sempre trazendo um panorama atualizado da economia e da cesta básica. O economista também se coloca à disposição para esclarecer dúvidas da população sobre o impacto direto das decisões econômicas em sua rotina.

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