Destaque Política

Deputada Mabel revela informações inéditas sobre investigação do GAECO

Deputada Mabel revela detalhes sobre investigação do GAECO. Operação Pactum, corrupção em várias cidades, foro privilegiado e sigilo em foco.

A deputada estadual Mabel Canto (PSDB), falou na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), nesta terça-feira (29), sobre a investigação do GAECO que deflagrou a Operação Pactum.

Na última semana, a investigação foi remetida para a Justiça de 2º grau por conta do artigo 101 da Constituição Estadual, que trata do foro privilegiado. Segundo a disposição, compete privativamente ao Tribunal de Justiça do Paraná, processar e julgar os deputados estaduais, juízes de direito e substitutos, secretários de Estado, membros do MP e prefeitos municipais. O processo segue em segredo de justiça.

Leia também: Prefeitura de PG divulga resultados dos exames de higidez física para cargo na Guarda Civil Municipal

Mabel contou que teve acesso a um documento que não está sob sigilo e que relata que o Ministério Público do Paraná, baseado na apreensão de novos documentos e aparelhos celulares, declinou da sua competência seguindo o artigo da Constituição Estadual.

“Quem é que tem foro privilegiado que está aqui neste hall do artigo da Constituição? Quem é? Um deputado? Um secretário? Um prefeito? Quem é que está nesta investigação do GAECO que apura um grande esquema de corrupção não só em Ponta Grossa, mas em várias outras cidades? Quem é que tem foro e foi pego citado e agora investigado pelo GAECO?”, questionou a deputada.

A parlamentar ainda defendeu a quebra do segredo de justiça. “Nós enquanto deputados, somos fiscalizadores também. E se atos como este estão ocorrendo, temos a obrigação de fiscalizar. Aguardo um posicionamento da Justiça de 2º grau. Espero que o sigilo seja retirado para que esses tubarões da política, acostumados a mandar, desmandar e achar que são donos das cidades, paguem pelos seus atos. Chega de só os peixes pequenos caírem. Chegou a hora dos tubarões caírem também”, finalizou Mabel Canto.

Entenda o caso

No dia 6 de junho, o MP-PR, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a Operação Pactum que afastou um vereador ponta-grossense e apurou a existência de uma organização criminosa composta por agentes políticos, empresários e servidores públicos voltada à prática de crimes contra a administração pública, fraude a licitação, trafego de influência, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.

As investigações iniciaram em novembro de 2022, devido à declaração de um vereador que era relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, que apurava a situação da saúde de Ponta Grossa. Outro vereador, supostamente, ofereceu vantagem econômica para se alterar o relatório. No curso das investigações, se confirmou o esquema de propina e direcionamento de licitações nas áreas de ‘shows’ e eventos, contratação de empresas para recuperação tributária e compra de livros.


Das assessorias

Das assessorias

Textos produzidos pelas assessorias de imprensa. Sejam dos órgãos públicos, de empresas da iniciativa privada ou de organizações do terceiro setor.

Comentar

Clique aqui para comentar

BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone