Foi inaugurada na quarta-feira (10) na Cadeia Pública de Castro um novo setor de trabalho. Em parceria com a empresa ITC do Brasil, três detentos da Cadeia Pública de Castro começaram a trabalhar na unidade. Com a novidade, os apenados que possuem bom comportamento começaram a trabalhar, e terão como benefício a redução da pena, qual a cada três dias trabalhados reduz um dia.
Cada um dos três vai receber o pecúlio (salário) que é pago pela empresa em parceria com o DEPPEN-PR. O horário de trabalho é 8 horas por dia de segunda a sexta-feira. Nos primeiros dias, os presos trabalharam com itens (pacotes) de coletar fezes caninas biodegradável.
A reportagem conversou com o diretor da cadeia, Elerson de Lima. Ele disse que todas as partes envolvidas vai ganhar com a novidade. “O empresário terá um custo bem menor, porque terá um reeducando trabalhando, no qual ele pagará um salário mínimo e não terá nenhum encargo trabalhista, pois não é regido pela CLT e sim pela Lei de Execução Penal. Neste caso o reeducando não terá férias, não terá décimo terceiro salário e nem fundo de garantia, mas receberá remuneração de um salário que o empresário pagará”.
Sobre o salário, Elerson explica que 25% vai para o fundo penitenciário e 75% para a poupança prisional do reeducando. “Essa poupança de 75% ele poderá autorizar o familiar a retirar até 80% do valor”. O diretor da cadeia descreve que “a família do reeducando vai ficar satisfeita, porque sabe que o detento trabalhando estará produzindo e a reincidência no crime será bem menor. O reeducando trabalhando não fica ocioso ‘pensando bobagem na cela’, ele terá uma ocupação, uma qualificação e não reincidindo vai diminuir os custos do Estado, e sua pena será reduzida saindo mais rápido”.
O novo setor começou no dia 1º de maio. Pelo grande sucesso de qualidade e quantidade dos materiais realizados pelos apenados, a inauguração foi adiantada. “A sala tem aproximadamente 10 metros quadrados além de um banheiro para utilização dos reeducandos do setor”, descreve Elerson.
O diretor comenta que neste primeiro momento somente três presos estão trabalhando e acredita que o número poderá aumentar no decorrer dos meses.
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Fotos: Divulgação
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