Encontro contigo nas tintas de caneta sobre a caneca feito porta-canetas na bancada do escritório. Encontro contigo no interruptor de cada lâmpada da casa que agora só tem meus dedos a lhes apertar. Nas almofadas tua imagem ainda está forte, tão forte.
Tua presença ainda se faz presente quando toco nas maçanetas das portas e aquele rangido sutil parece um lamento de ausência. Os papéis usados que conservam tua letra, meu peito se enche de angústia em pensar que teus dedos nunca mais se deitarão sobre aquelas folhas… Agora, vigora a memória espiralada no ar, por você a se espraiar.
A caneca de café, onde minhas mãos repousam em acolhedor calor, beijavam teus lábios… O programa de culinária na Tv quando você conferia receitas que nunca experimentou, nem eu. Os lugares incríveis que nunca visitamos… Todas as lembranças e memórias vêm contar de ti, vem dizer que o encontro da saudade não deve partir…
Um encontro marcado que só mudou de lado.
Autoria: Renata Regis Florisbelo
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