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Entre a ‘vovó trabalhadeira’ e a ‘mulher madura’: quem leva a Prefeitura de PG?

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Para o segundo turno da eleição, as candidatas Elizabeth Schmidt (UNIÃO) e Mabel Canto (PSDB) adotaram distintas estratégias durante a reta final das campanhas

Ao que tudo indica, teremos uma eleição, no dia 27, com um resultado bastante apertado, revelado pelas chuvas de pesquisas eleitorais. Obviamente, boa parte, estratégia para embolar o meio de campo político-eleitoral de Ponta Grossa, mas o jogo é esse mesmo. Indiferente, se a prefeita Elizabeth Schmidt (UNIÃO) está uma dezena a frente de Mabel Canto (PSDB) ou vice e versa, o resultado ainda será concentradíssimo.

O marqueteiro de Elizabeth fez um trabalho que trouxe para o eleitor o arquétipo de uma prefeita diferente da que governou a cidade nos últimos anos, mais próxima da população, mesmo que isso significasse assumir os adjetivos considerados pejorativos e apelidos dados pelos adversários e ex-companheiros, de velha, de vovó. Elizabeth pegou os limões e fez uma limonada e o segundo turno, que era um ambiente longínquo, diante do embate com a própria máquina do estado, chegou.

A deputada Mabel sempre pareceu favorita para o segundo turno, mas para enfrentar essa nova fase, precisou remodelar sua imagem neste segundo turno, mudando, principalmente, a comunicação de sua campanha, contratando marqueteiros de experiência, responsáveis pelo sucesso de grandes campanhas eleitorais.

A partir daí, se viu uma candidata Mabel mais desvencilhada do pai, o ex-prefeito Jocelito Canto, quer dizer, na distância correta, reiterando sua capacidade e independência, com discurso que não é jovem demais para governar a cidade, ao mesmo tempo em que se utiliza da experiência e da popularidade de Jocelito, deixando claro: não será o pai que irá governar a prefeitura, caso ela seja eleita.

A deputada de segundo mandato, neste turno, está com uma imagem de mulher ‘madura’, cuidadora, mantendo como sempre os olhos para os mais carentes e as bandeiras voltadas para a Saúde e obras de infraestrutura. Ao contrário do desacerto no pleito de 2020, quando esteve com a mesma candidata concorrendo a Prefeitura, não restringiu apoios (refere-se à esquerda) e afirmou com veemência: tenho dialogo com todos.

Apesar de não existir receita para ganhar uma eleição, é tino, experiência, que ambas candidatas possuem, além de conhecerem a cidade e o eleitor ponta-grossensse. A estratégia das campanhas na reta final está na conquista dos mingados eleitores indecisos, isso para ambas, mas no caso de Elizabeth, tentativas de transpor o eleitorado que diz votar em Mabel é transitar pela corda bamba, onde cada movimento pode ensejar uma queda, mesmo que não abrupta, que bastaria para insuflar a campanha adversária.

De outro lado, a campanha de Mabel tem seu favoritismo e, talvez, a presença nas ruas dos bairros onde a população se sinta menos assistida pelo poder público, pode ser o ‘Calcanhar de Aquiles’ da atual chefe do executivo, o que é indispensável para a migração de intenção de votos para a filha de Jocelito. Quem viver, verá!

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Gleidson Carlos

Gleidson Carlos

Gleidson Carlos Greinert é jornalista formado em Comunicação Social desde 2014. Atua como escritor/articulista político, radialista e presta assessoria de imprensa e marketing.

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