Ambulâncias têm tido dificuldades em deixar pacientes nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Santana e Santa Paula, em Ponta Grossa. Hoje (10), duas vítimas de acidentes de trânsito tiveram que aguardar ao menos uma hora para serem atendidas na UPA Santana.
As ambulâncias foram, primeiramente, para a UPA Santa Paula, passaram um tempo aguardando atendimento, mas, de acordo com os socorristas, não tinham vagas e seguiram para a Santana, onde foram informados que também não havia vagas. O médico plantonista informou que tinham pacientes para serem retirados pelo Samu, mas ainda não haviam enviado ambulâncias. Foi verificado que as ambulâncias da Dr. Salva, terceirizada responsável por realizar as transferências de pacientes, estavam no local.
A primeira colisão ocorreu às 12:30 na Rua Pedro Mezzomo, próximo à Metalúrgica Balena. A segunda colisão aconteceu na Rua Bachir Sleiman Fayad, próximo ao Supermercado DAS. Por volta das 14 horas da tarde, os dois pacientes foram admitidos na Unidade Santana.
Os socorristas do Corpo de Bombeiros relatam ter bastante dificuldade com essa situação, pois a vítima passa por uma triagem pelo médico do Samu e ele direciona o encaminhamento, mas não se sabe a disponibilidade de leitos vagos. Assim, as ambulâncias circulam de um lado a outro e isso faz com que, às vezes, não se tenha uma equipe livre para atender uma ocorrência devido a esse tipo de problema.
Entramos em contato com a empresa terceirizada INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano), responsável pelas UPAs, que confirmou o quadro de superlotação no momento, estando sem leitos disponíveis na UPA Santana no início da tarde de hoje. Mas destacou que não foi recusado nenhum paciente.
“O médico da emergência faz uma conversa com o médico do SAMU, para avaliar os casos dos pacientes e os mais graves o SAMU consegue levar direto para o hospital. Estamos fazendo troca de paciente”, informou.
A empresa ainda esclarece que os pacientes aguardavam na ambulância, enquanto se realizava o preparo para o transporte dos pacientes já internados na Unidade em casos mais graves para o hospital e higienização do leito. Dando entrada, na sequência, para esses casos menos graves, é um fluxo dinâmico. Já se prevê mais transferências ao longo da tarde, para que não ocorra superlotação.