Familiares foram obrigados nesta sexta-feira (16) a abrir uma sepultura para remover restos mortais e preparar o local para o sepultamento de uma mulher, no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Rosário, em Castro. O episódio aconteceu por volta das 12h30, pouco antes do horário marcado para o enterro. Dois genros da falecida precisaram realizar todo o trabalho manual, como abrir a sepultura com ferramentas próprias, retirar o caixão antigo, recolher os ossoS e fazer a limpeza do local.
Segundo os familiares, ao chegarem ao cemitério, foram surpreendidos com a exigência feita por um servidor, que informou que todo o serviço seria por conta da família. “Ele disse que como não pagaríamos os R$ 150 pelo fechamento da sepultura, a obrigação de abrir e preparar o túmulo era nossa. Ainda avisou que o cemitério não fornece ferramentas, então tivemos que nos virar para arranjar pá, vassoura, carrinho de mão”, contou uma das pessoas presentes.
A família havia recorrido ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para obter auxílio para custear o fechamento da sepultura, já que não dispunha do valor. Mesmo com a solicitação em andamento, a orientação repassada pelo coveiro “foi de que todo o procedimento passaria a ser responsabilidade dos familiares”.
Em nota, a Prefeitura de Castro se pronunciou oficialmente sobre o caso. “A prefeitura irá investigar essa situação. Lamentamos que isso tenha acontecido e vamos procurar os funcionários para compreender onde houve falha. Ressaltamos ainda que os casos em que a família não tem recursos, a Secretaria de Assistência Social pode prestar auxílio”, pontua.
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