Paraná

Incêndios: ano já teve o dobro de ocorrências de 2023

incêndio
No total acumulado do ano, até o dia 18 de novembro, o Paraná registrou 13.247 chamados para combater incêndios florestais

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) encerrou nesta quinta-feira (21) a Operação de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais de 2024 (Operação Quati João). Na última reunião virtual, que contou com integrantes da Corporação e de outras instituições, foram apresentados os números de ocorrências e os destaques operacionais. Também foi demonstrado como os aspectos meteorológicos se confirmaram na prática no que se refere aos incêndios florestais no estado.

“Tivemos um ano atípico, com o dobro de ocorrências em relação ao ano passado, até agora; quase o triplo, em comparação com dois anos atrás. Nos últimos cinco anos, este foi o com maior número de ocorrências atendidas. Foi uma operação bastante intensa, que exigiu muito dos nossos bombeiros”, afirmou o coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, subcomandante-geral do CBMPR e que responde interinamente pelo comando da corporação.

De acordo com os números apresentados pela instituição, apenas do período da operação, entre maio e outubro, 7.976 incêndios foram atendidos em território paranaense. A maior parte se concentrou na área do 2º Comando Regional Bombeiro Militar (2º CRBM), com sede em Londrina, que abrange especialmente o Norte do estado. Foram 3.389 ocorrências nos seus 188 municípios.

O 1º CRBM, que inclui a Grande Curitiba, os Campos Gerais e o Litoral, respondeu a 2.676 chamados dessa natureza, enquanto o 3º CRBM, cuja sede é em Cascavel, e que abarca o Oeste e o Sudoeste, foi mobilizado 1.911 vezes.

No total acumulado do ano, até o dia 18 de novembro, o Paraná registrou 13.247 chamados para combater incêndios florestais. Como comparação, no ano passado inteiro, haviam sido 6.483; e, no anterior, 4.659.

Durante o encontro virtual, foi destacada a utilização, pela primeira vez, de aviões para o combate a incêndios de maiores proporções e em locais de difícil acesso. Essas aeronaves foram alugadas em parceria com a Defesa Civil. Ainda em campo, o Corpo de Bombeiros contou durante o ano com o apoio do Instituto Água e Terra (IAT), inclusive no combate ao fogo em áreas de preservação permanente, como em Ponta Grossa, Maria Helena, Piraquara, Umuarama e Cianorte.

A aproximação com as prefeituras foi outro ponto destacado pelo coronel. A ideia é estreitar as relações, facilitando o trabalho conjunto e a comunicação mais imediata de ocorrências de incêndios florestais. Tratar com o maior rigor a legislação ambiental é outra preocupação, projetando reflexos na prevenção de incêndios. “Nós temos que trabalhar juntos, irmanados com quem tem preocupação com o meio ambiente, com os bens públicos e privados”, disse o coronel.

Outros parceiros frequentes nas reuniões, e no planejamento das ações, especialmente de prevenção, também foram lembrados, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR); a Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE); a Federação Paranaense de Montanhismo (Fepam); e Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV). Além do Simepar, que durante todo o período alimentou a operação com dados referentes a condições climáticas.

Essas previsões meteorológicas foram importantes para preparar os movimentos nos quartéis nas semanas seguintes, mobilizando recursos nos momentos em que havia maior chance de temperaturas muito elevadas e tempo seco. O mapa de focos de calor identificados pelo Simepar, referente a todo o período, refletiu perfeitamente os locais com maior incidência de incêndios florestais que exigiram intervenção dos bombeiros.

“Tivemos incêndios de grandes proporções, mas graças ao foco que o comando do Corpo de Bombeiros tem dado nas questões operacionais, procurando articular melhor todos os recursos dentro da própria Corporação, para um emprego mais aprimorado, nós fomos bem-sucedidos”, disse o subcomandante do CBMPR. Ele destacou ainda que a rápida mobilização de pessoal, com colaboração direta da Força-Tarefa de Resposta a Desastres, teve grande impacto no resultado positivo alcançado pela corporação nessas missões.

“Para o próximo ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná se aperfeiçoou muito mais. E toda essa experiência vai agregando conhecimento para que cada vez a gente consiga prestar o melhor atendimento à população”, acrescentou.

PRESENÇAS – Também participaram da reunião virtual Marco Jusevicius, coordenador de Operação do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar); Clarissa Carmona, da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE); Yury Vashchenko, da gerência de Áreas Protegidas do Instituto Água e Terra (IAT); Letícia Koproski, médica veterinária e integrante da gerência de Biodiversidade, do IAT; Alexandre Tetto, professor e engenheiro florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR); e Rafael Gava, coordenador da Brigada Caratuva e presidente da Rede Nacional de Brigadas Voluntárias (RNBV).


BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone

Web Stories

PM ganha as ruas com Ações de Reforço Teto do shopping desaba em PG Cândido Neto entrevista Álvaro Goes Schumacher relembra gol histórico no Operário Palvavras de Deus no Portal BnT Torcida do Flamengo toma ruas de PG Entenda sobre a Central de leitos no PR