A indústria no Brasil apresentou um crescimento de 1,2% entre fevereiro e março deste ano, marcando uma ruptura em uma sequência de cinco meses consecutivos de estagnação ou mínimas variações. Este resultado representa a maior expansão desde junho de 2024, quando o crescimento foi registrado em 4,3%. O dado faz parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgado nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em termos comparativos com março do ano anterior, o setor industrial também mostrou um avanço de 3,1%, resultando na décima alta consecutiva neste tipo de análise. No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria brasileira mantém um crescimento de 3,1%.
Atualmente, a produção industrial está 2,8% acima dos níveis pré-pandemia, alcançados em fevereiro de 2020. No entanto, ainda se encontra 14,4% abaixo do pico histórico observado em maio de 2011.
Nos últimos seis meses, a performance da indústria em relação ao mês anterior demonstra um comportamento variado. O gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, destacou que o crescimento observado em março representa uma compensação por meses em que o setor apresentou menor dinamismo; nos últimos três meses de 2024, houve um recuo acumulado de 1%.
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Macedo também enfatizou que o aumento foi generalizado entre os setores industriais, com importantes segmentos mostrando crescimento na produção. Das quatro grandes categorias econômicas analisadas, três registraram expansão.
Um indicativo adicional da amplitude desse crescimento é que, entre as 25 atividades industriais pesquisadas, 16 mostraram resultados positivos na comparação entre fevereiro e março. As principais influências positivas foram ressaltadas pelo índice de difusão, que apontou que 59,7% dos 789 produtos investigados apresentaram aumento na produção nesse mesmo período.
A média móvel trimestral, que serve como um indicador para identificar tendências no setor sem ser impactada por flutuações pontuais, teve uma variação positiva de 0,4%, interrompendo assim a trajetória predominantemente negativa que se iniciou em novembro de 2024. Este resultado positivo foi o primeiro registrado desde outubro do ano passado.
*Com informações da Agência Brasil