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Irmãs que mantinham asilo clandestino em PG são denunciadas pelo Ministério Publico

Foto: Igor Rugilo
De acordo com as investigações, os idosos eram vítimas constantes de violência física e emocional, incluindo puxões de cabelo, socos e arranhões

O Ministério Público do Paraná, por meio da 16ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa, apresentou uma denúncia grave contra duas irmãs responsáveis por uma Instituição de Longa Permanência de Idosos (ILPI) no bairro Uvaranas. A ILPI, que operava de forma ilegal, foi alvo de investigação devido às condições desumanas a que submetia nove idosos.

Relembre: GRAVE: Asilo clandestino é fechado pela PM em Ponta Grossa

As autoridades tomaram conhecimento da situação no último domingo (14), quando uma idosa fugiu do local em busca de ajuda, revelando a precariedade e violência a que eram submetidos. Nesta sexta-feira (19), a denúncia foi oficialmente apresentada pelo Ministério Público.

De acordo com as investigações, os idosos eram vítimas constantes de violência física e emocional, incluindo puxões de cabelo, socos e arranhões, utilizados como métodos de castigo. Além disso, a instituição operava em desacordo com a legislação, oferecendo riscos aos abrigados, como piso escorregadio, ausência de estrutura antiderrapante e falta de camas adequadas.

Durante a abordagem policial, foram identificados riscos adicionais, como a falta de organização dos medicamentos dos idosos, expondo-os ao perigo de uso indevido. Os idosos não recebiam acompanhamento médico adequado, e a denúncia destaca que todos estavam em “extrema vulnerabilidade”, necessitando de cuidados médicos imediatos.

As irmãs, que recebiam valores entre um salário mínimo e R$ 1,9 mil  dos familiares dos idosos, foram presas preventivamente e enfrentarão acusações não apenas pelo crime de tortura, mas também por outros delitos previstos na legislação. O Ministério Público busca não apenas a condenação das acusadas, mas também a fixação de indenizações pelos danos morais causados às vítimas.

As vítimas, com idades entre 51 e 82 anos, foram encaminhadas para acolhimento pela rede de proteção e assistência social do município.

Foto: Igor Rugilo

Lucas Portela

Lucas Portela

Lucas é jornalista formado em Bacharel pelo Centro Universitário Santa Amélia (UniSecal) de Ponta Grossa.

Graduado desde 2021, possui experiência com redação em portais de notícia, trabalhou nos bastidores de uma emissora de TV local, se aventurou como produtor audiovisual em uma agência de publicidade, já estagiou como assessor de imprensa na Secretaria Municipal de Educação de Ponta Grossa e atualmente exerce o cargo de jornalista redator no portal Boca no Trombone.

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