Uma mãe procurou a reportagem do Portal BnT para denunciar a situação que, segundo ela, sua filha autista tem enfrentado em um colégio estadual de Ponta Grossa. De acordo com o relato, desde o início do ano letivo, a estudante tem sido alvo de agressões e episódios constantes de exclusão por parte de outros alunos e questiona o tratamento da direção do colégio sobre o assunto.
A mãe conta que procurou a escola diversas vezes para buscar soluções e garantir um ambiente seguro e acolhedor para a filha, que tem diagnóstico confirmado de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e apresenta laudo médico, além de todos os exames necessários. No entanto, relata que foi surpreendida pela abordagem de uma das profissionais da unidade.
“A pedagoga me perguntou de onde eu tirei a ideia de achar que minha filha é autista. Disse que o que ela passa é só um bullyingzinho, muitas vezes drama dela”, relata a mãe.
Diante da falta de encaminhamentos, a responsável pela estudante afirma que procurou também a direção da escola, mas, segundo ela, nenhuma providência efetiva foi tomada.
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A situação se agravou em um episódio recente, quando a aluna teve uma crise emocional. Conforme o relato, uma funcionária da biblioteca entrou em contato com a mãe para informar que a estudante estava chorando sem parar. Ao chegar no colégio, a mãe afirma que encontrou a filha completamente sozinha.
“Cheguei lá e minha filha estava sozinha, chorando muito. As pedagogas tinham ido embora, o diretor também, e ninguém ficou com ela. A funcionária da biblioteca foi quem me ligou. Isso é inadmissível”, desabafa.
Ainda segundo ela, ao questionar novamente a direção sobre a falta de assistência, foi informada que “não souberam do ocorrido”, mesmo a pedagoga tendo retirado a estudante da sala de aula.
Posicionamento
O portal procurou o Núcleo Regional de Educação de Ponta Grossa (NRE-PG) para buscar esclarecimentos sobre o caso. Em nota, a entidade afirmou que a estudante é atendida pela de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e que “recebe todo o suporte pedagógico necessário para a realização das aulas e das demais atividades escolares”
O posicionamento ainda destaca que a servidora envolvida deixou de atender a estudante por cautela e que passou a ser atendida por outra profissional. “Desde então, não houveram novos questionamentos ou reclamações relacionadas a essa situação”.
O Núcleo Regional de Educação (NRE) de Ponta Grossa e a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) acompanham o caso para garantir conforto a todos os alunos.
Veja abaixo a nota completa enviada.
NOTA
A estudante, devidamente matriculada na instituição, também é atendida pela turma de Atendimento Educacional Especializado (AEE), por meio da qual recebe todo o suporte pedagógico necessário para a realização das aulas e das demais atividades escolares, de acordo com suas necessidades.
Há cerca de dois meses, quando o caso chegou ao conhecimento da direção do colégio, todas as providências necessárias foram imediatamente tomadas. Por cautela, a servidora envolvida deixou de atender a referida estudante, que passou a ser acompanhada por outra profissional da instituição. Desde então, não houveram novos questionamentos ou reclamações relacionadas a essa situação.
Diante dos fatos relatados, a direção da instituição, o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Ponta Grossa e a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) acompanham o caso, a fim de garantir o conforto e bem-estar desta e de todos os demais alunos.
