O número de mortos na grande ofensiva contra o Comando Vermelho (CV) subiu para 132, conforme confirmado nesta quarta-feira (29/10) pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). A ação, realizada na última terça-feira (28), já entra para a história como a operação policial mais letal do estado.
Durante a madrugada, moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte da capital, levaram 72 corpos até a Praça São Lucas, dentro da comunidade. De acordo com relatos, os corpos estavam em uma região de mata entre os complexos do Alemão e da Penha, onde houve intenso confronto.
O governo do estado havia informado anteriormente que 64 suspeitos foram mortos no dia da operação e 81 pessoas foram presas. Entre os falecidos também estão quatro policiais, sendo dois militares e dois civis, que tombaram em serviço durante o combate ao crime organizado.

Confronto direto com o crime organizado
A ofensiva envolveu 2.500 agentes das forças de segurança, entre policiais civis e militares, e representou uma resposta direta ao avanço e à ousadia da facção criminosa. O aparato bélico apreendido reforça o grau de ameaça representado pelos criminosos: mais de 90 armas, incluindo fuzis de uso restrito, grande volume de munições, explosivos, rádios comunicadores e 200 kg de entorpecentes foram recolhidos.
Investigadores apontam que o Comando Vermelho agiu de forma coordenada, inclusive com o uso inédito de drones armados com explosivos, utilizados contra equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A tecnologia foi empregada para monitorar em tempo real os movimentos das forças policiais e tentar desestabilizar o cerco imposto pelas autoridades.
Estado reafirma autoridade frente ao crime
A megaoperação representa uma demonstração clara de que o Estado não recuará diante da criminalidade, mesmo diante do enfrentamento de grupos fortemente armados e organizados. A ação, ainda em curso em seus desdobramentos, reforça o compromisso das forças de segurança com o restabelecimento da ordem e da segurança pública.
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