Médicos interessados em atuar pelo Programa Mais Médicos podem se inscrever a partir desta segunda-feira (5), conforme edital publicado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (2). A nova etapa da política pública oferece 3.174 vagas distribuídas em 1.620 municípios e 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), com prioridade para áreas de difícil acesso e alta vulnerabilidade social.
O objetivo do programa é fortalecer a atenção primária à saúde, garantindo assistência contínua em regiões onde há escassez ou ausência de profissionais. Os médicos selecionados passam a integrar as equipes da Estratégia Saúde da Família, com atuação direta nas comunidades. A meta da pasta é atingir 28 mil médicos em atividade até o final de 2025.
Segundo o Ministério da Saúde, a distribuição das vagas considera a proporção de médicos por habitante, conforme dados do estudo Demografia Médica 2025. A maior parte das oportunidades contempla municípios de pequeno porte (75,1%), seguidos por cidades de médio (11,1%) e grande porte (13,8%).
As inscrições devem ser realizadas até 8 de maio, por meio do Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP). Os profissionais devem apresentar documentação específica e preencher os critérios previstos no edital, entre eles estar em situação regular junto à Justiça e às obrigações eleitorais e militares, quando aplicável.
Os médicos poderão permanecer no programa por até 48 meses, com direito a benefícios como bolsa-formação, ajuda de custo e auxílios, conforme previsto no site oficial. Não há vínculo empregatício com o governo federal.
O novo edital também criou a figura do cadastro reserva, que permitirá a reposição imediata de profissionais, conforme necessidade identificada pelos municípios e DSEIs. Com isso, 2.450 municípios e oito DSEIs que participaram de ciclos anteriores puderam aderir ao novo modelo de reserva técnica.
Atualmente, o Mais Médicos conta com 24,9 mil profissionais atuando em 4,2 mil municípios, o que representa 77% do território nacional. Desse total, 601 médicos trabalham em áreas indígenas, com ações voltadas à saúde das populações originárias.
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