A subsede da torcida organizada Mancha Verde em Ponta Grossa se manifestou publicamente após um pedido de prisão provisória de supostos envolvidos no confronto entre torcidas ocorrido em 7 de fevereiro deste ano. Em nota, a organização reiterou que nunca teve qualquer participação no planejamento, execução ou envolvimento no ataque registrado nos dados mencionados.
A Mancha Verde reforçou que seus princípios não condizem com atos de violência e destacou que, desde o início das investigações, tem colaborado com as autoridades para esclarecer os fatos. A torcida afirmou que está à disposição da Justiça e da Polícia Civil, buscando contribuir com as apurações para que os responsáveis sejam devidamente identificados e punidos conforme a lei.
A defesa dos citados no pedido de prisão provisória informou que recorrerá à decisão que determinou medidas cautelares aos investigados. Segundo os advogados, mesmo que as medidas sejam alternativas à prisão, elas restringem indevidamente a liberdade dos acusados, ou que não seria legalmente justificável na ausência de acusações de autoria ou individualização de conduta. A defesa ainda diz que a garantia da ordem pública e da instrução processual pode ser assegurada por outras formas que não impliquem restrições à liberdade dos investigados.
A briga palmeirense, coxa x corinthianos
Uma briga generalizada entre torcedores de clubes de futebol ocorreu na noite de seis de fevereiro na Rua Rebita, no bairro Contorno, em Ponta Grossa. De acordo com a Polícia Civil, torcedores do Palmeiras, Coritiba e Corinthians se envolveram em uma confusão que resultou em vários feridos, no transcorrer do jogo entre Corinthians e Palmeiras, na sede da torcida dos corinthianos de Ponta Grossa.
Testemunhas relataram que os envolvidos portavam fogos de artifício, pedaços de madeira e metal, e que disparos de arma de fogo foram ouvidos no local. A Polícia Militar foi acionada e conseguiu dispersar a multidão, mas não foi possível identificar os autores dos fatos naquele momento.
As medidas aplicadas incluem:
- Proibição de frequentar estádios de futebol e suas imediações em um raio de 5 km nos dias de jogos;
- Comparecimento obrigatório ao Batalhão da Polícia Militar nos dias de partidas de seus respectivos times, com permanência desde 30 minutos antes do início até 30 minutos após o término do jogo;
- Proibição de participar de atividades ligadas a torcidas organizadas, com suspensão imediata de qualquer vínculo;
- Obrigatoriedade de manter endereço atualizado;
- Proibição de se ausentar da Comarca de residência sem autorização judicial, exceto para fins profissionais.
Assista ao vídeo e entenda os argumentos da defesa
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