Agronegócio

Moacyr Fadel propõe medidas imediatas para resolver crise dos produtores de leite

Imagem: assessoria
Cadeia produtiva enfrenta uma das maiores crises da história. O leite é o quarto produto que mais gera valor no campo no Paraná

O deputado estadual Moacyr Fadel (PSD) propôs a ampliação da oferta de produtos lácteos na merenda escolar e em programas sociais do Governo do Paraná e o subsídio a pequenos produtores de leite.

A medida seria uma forma de apoiar os produtores paranaenses diante de uma das piores crises enfrentadas pelo setor. Os desafios e soluções para o setor leiteiro foram tema de audiência pública na segunda-feira (06), na Assembleia Legislativa do Paraná.

“Nós aqui no Paraná podemos fazer ações imediatas, ações cirúrgicas, com pouco discurso e mais ação. Nós podemos dobrar o iogurte na merenda escolar. Nós podemos, ao invés de duas vezes, pegar quatro vezes o Leite das Crianças nas escolas. Isso vai aumentar o consumo e vai melhorar a saída do nosso produto, mesmo que seja momentaneamente”, afirmou o parlamentar.

Outra medida sugerida por Fadel é a implantação de um subsídio para quem produz até 500 litros de leite. “Vamos agir rapidamente, acudir os pequenos produtores, acudir aqueles que produzem até 500 litros. Pagar a mais para eles pela qualidade, subsidiando esses produtos imediatamente”.

De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), o estado tem aproximadamente 87 mil produtores de leite, sendo 85% deles pequenos produtores com uma produção de até 250 litros/dia. O Paraná é o segundo maior produtor de leite do país, com uma produção de 4,4 bilhões de litros. “Essa é uma atividade essencial para o nosso desenvolvimento”, afirmou o deputado Alexandre Curi, 1º secretário da Assembleia Legislativa e organizador do debate.

Crise

A cadeia produtiva do leite acumula uma série de prejuízos que tem se agravado com a falta de medidas efetivas de controle da situação. As importações desenfreadas de leite em pó importado, especialmente da Argentina e do Uruguai, pressionaram os preços do produto nacional. Há meses, o valor do litro pago ao produtor não é suficiente para cobrir os custos de produção e muitos têm operado “no vermelho”.

Segundo o Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária de monitoramento do comércio de produtos agropecuários, o Brasil importou 199,2 mil toneladas de leite em pó em 2023, o que representa um aumento de 87,2 % em relação a 2022.

No Paraná, entraram 6,5 mil toneladas de leite em pó importados em 2023. Um aumento de 183% nas importações do estado na comparação com 2022. Situação agravada pelas importações ilegais.

Medidas emergenciais

A recomposição das alíquotas de importação, alterações em benefícios fiscais e a publicação de editais para compra pública do produto nacional organizadas pelo Governo Federal não foram suficientes para estancar a crise. No mês passado, os deputados estaduais aprovaram a taxação do leite em pó e do queijo muçarela importados em 7%.

O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, defendeu a suspensão imediata das importações. “Pode chamar de protecionismo”, afirmou.

O leite é o quarto produto que mais gera valor no campo no Paraná. Em 2022, a produção rendeu R$ 11,4 bilhões. “Se nós somos um estado agrícola, nós temos que dar valor para aqueles que fazem com que o nosso estado seja agrícola, seja responsável por 1/3 do PIB brasileiro, seja o maior gerador de empregos do Brasil que é o agronegócio e o pequeno produtor”, ressaltou Fadel.

Leia também: Reconstrução de rodovias federais custará mais de R$1 bilhão, diz ministro


Das assessorias

Das assessorias

Textos produzidos pelas assessorias de imprensa. Sejam dos órgãos públicos, de empresas da iniciativa privada ou de organizações do terceiro setor.

Comentar

Clique aqui para comentar

BNT Vídeos

Quer receber as Newsletter BnT?

Cadastre-se e receba, um email exclusivo com as principais noticias produzidas pela equipe do Portal Boca no Trombone