A morte de um homem durante uma operação da Polícia Militar (PMPR) em Tibagi, na última sexta-feira (27), chamou a atenção da população local nos últimos dias. O caso ocorreu no bairro São José, durante uma abordagem na “Operação Força Total Brasil VII”.
Os policiais militares teriam disparado mais de dez vezes contra um suspeito em via pública. Os militares justificam a ação alegando que o homem teria reagido à abordagem. O indivíduo morreu no local.
O Portal Boca no Trombone conversou com um morador do bairro São José, que preferiu manter o anonimato. Ele conta que o indivíduo estava embriagado e era conhecido dos moradores. “O rapaz estava embriagado como sempre, a turma já era acostumada, mas ele não oferecia nenhum risco.”
O morador detalha o que viu no momento da abordagem. “No momento do ocorrido, ele estava de costas dançando ou se apoiando, quando levou o primeiro tiro nas costas. Nisso, ele caiu sentado e, logo em seguida, a soldada atirou na cabeça”, relata.
Após os disparos, os moradores teriam ouvido os policiais militares dizerem: “não é o gordo, não é o gordo!”. A testemunha opina que a situação foi uma execução.
Posicionamento da PM
O Portal Boca no Trombone entrou em contato com o 26º Batalhão de Polícia Militar para questionar sobre a ocorrência e as investigações. Em nota, os oficiais afirmam que o indivíduo “estava com um volume na cintura, o que motivou a abordagem por parte da equipe.”
Os policiais deram voz de abordagem e o indivíduo teria reagido ao apresentar uma pistola para a equipe. “Diante da iminente ameaça, os policiais responderam com fogo, tendo cada um deles, de imediato, efetuado seis disparos contra o alvo.”
Uma equipe de socorro médico foi acionada para atender o indivíduo, mas ele não resistiu aos ferimentos.
A nota também menciona que populares se aglomeraram no local e arremessaram objetos contra os policiais. “Disparos de munição de impacto controlado foram efetuados contra alvos específicos que ofereciam risco, conseguindo assim dispersar a multidão.”
O 26º Batalhão de Polícia Militar informou que um inquérito já foi aberto para dar prosseguimento à investigação do caso.
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