Política

Moraes decreta prisão de Carla Zambelli, que é incluída na lista da Interpol

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Foto: reprodução.
Deputada foi condenada a 10 anos por invadir sistemas do CNJ e é acusada de forjar documentos com hackers; ela deixou o país e está na Europa

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta quarta-feira (4) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após ela deixar o país. A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e ocorre após a deputada ser condenada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Além da prisão, Moraes determinou a inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol, ferramenta que auxilia na localização e extradição de foragidos da Justiça em mais de 190 países. O ministro também ordenou o bloqueio das verbas parlamentares, das contas em redes sociais — com previsão de multa às plataformas que não cumprirem — e a apreensão do passaporte da deputada.

Na decisão, Moraes afirma que a viagem de Zambelli para a Europa foi uma tentativa clara de evitar o cumprimento da pena e fugir da possibilidade de perda do mandato, já que se aproxima o julgamento dos embargos de declaração.

A deputada foi condenada, por unanimidade, pela Primeira Turma do STF no mês passado, acusada de participar de um esquema de adulteração de documentos judiciais com auxílio de hackers. Entre os documentos falsificados estariam mandados de prisão, alvarás de soltura e quebras de sigilo bancário. De acordo com o Supremo, um dos alvos dessa fraude seria o próprio ministro Moraes, para quem foi elaborado um falso mandado de prisão.

Na terça-feira (3), Carla Zambelli afirmou, durante entrevista ao canal AuriVerde Brasil no YouTube, que está fora do país para realizar tratamento de saúde. Ela também informou que pretende viver na Europa para apoiar movimentos de direita e que pediria licença não remunerada do mandato.

Após ser informado da fuga, o advogado que defendia Zambelli no processo renunciou à defesa, segundo revelou a agência Reuters. A parlamentar e sua assessoria não responderam aos pedidos de posicionamento até o momento.

Zambelli, reeleita deputada federal em 2022, também é ré em outro processo no STF. Ela responde pela acusação de ter apontado uma arma contra um homem nas ruas de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. O episódio violou a legislação eleitoral vigente e, segundo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem Zambelli é aliada, prejudicou sua campanha à reeleição.

Leia mais: OAB de Ponta Grossa se reúne com TJPR para discutir a construção de Fórum Estadual

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