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Pesquisadores podem ter descoberto estrutura INCA em Ponta Grossa

Marcas no solo podem indicar antigo Caminho do Peabiru e, na ilha, pode ser a localização da primeira capela da região, antes da construção da Capela Santa Barbara
Fonte: Arquivo pessoal – possível templo de sacrifício INCA – Ponta Grossa – PR

Olá amigos leitores do Portal BNT, estamos iniciando um novo ano, e desta forma quero manifestar a todos os meus sinceros votos de paz, harmonia, fé, esperança e que os sonhos sejam consolidados. Iniciando o ano, já quero trazer novidades a todos, atualizando sobre os estudos que estão sendo desenvolvidos para a identificação do Caminho do Peabiru. Com este estudo, muitas novidades estão sendo descobertas, quantos a questões turísticas e principalmente históricas, que podem estar ligadas a arqueologia milenar de povos antigos.

Os estudos do Caminho do Peabiru tem despertado o interesse de muitos pesquisadores, e dentro deste contexto, as interpretações e entendimentos variam muito e acabam causando dúvidas sobre este, que é considerado a mais antiga estrada, que corta o mundo levando histórias e curiosidades a todos. Os caminhos e trilhas sempre fizeram parte do cotidiano das pessoas, isso ocorre desde períodos remotos para auxiliar nas atividades básicas do cotidiano, como caça, coleta de alimentos e migração.

Baseado nas histórias que os primeiros portugueses ouviram dos índios ao chegarem aqui no Brasil, uma estrada muito antiga ligava várias regiões do continente americano. Estes caminhos estão presente em diversas partes de todos os continentes, e estes caminhos antigos serviam para o deslocamento das pessoas, trocas de mercadorias, e principalmente para a ocupação de novos territórios pelo mundo.

No Paraná, temos o histórico caminho, ou um dos mais importantes caminhos já conhecidos, que ligaria leste a oeste do continente americano; em síntese, liga o litoral brasileiro à cidade de Cusco, no Peru. O que os portugueses ouviam era sobre um caminho que ligava o Oceano Atlântico a um lugar descrito como os Andes. Esse caminho atravessava os limites territoriais do Brasil até chegar ao Peru, ligando o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, passando por matas, rios, pântanos e cataratas com uma extensão de mais de três mil quilômetros, aproximadamente.

Imagem de Divulgação Pública.

DESENVOLVIMENTO DAS PESQUISAS

Em Ponta Grossa, o grupo de pesquisa ABEEXO – Academia de Estudos Exológicos vem desenvolvendo pesquisas de campo desde 2019 com o intuito de identificar diversos fenômenos e mistérios que envolvem a região dos Campos Gerais. Os pesquisadores começaram a pesquisa a partir da informação que Ponta Grossa teria sido citada em uma operação internacional chamada “storm”. Segundo as informações da época, tratava-se de uma operação que investigava o sequestro de mulheres e crianças. Estas seriam levadas para dentro de túneis onde passavam a sofrer diversos abusos. Após, seriam conectadas em uma máquina que extraia uma substância, e que destas era extraída uma substância, ou um composto químico produzido pela oxidação da adrenalina, o qual era utilizada para determinados fins, que a princípio, toda esta situação foi considerada por muitos como conspiração. Conheça esta história clicando aqui.

A partir desta citação, passamos a investigar os possíveis tuneis existentes na cidade de Ponta Grossa e descobrimos que existe uma grande quantidade deles distribuídos por várias partes da cidade e nas áreas rurais. Em alguns pontos, foi possível verificar que estes já foram destruídos em algum momento da história, enquanto que outros estão sendo utilizados como galerias fluviais, ou ainda, enquanto tuneis naturais, que em alguns casos estão sendo preservados e mantidos distantes do conhecimento humano, enquanto que outros estão sendo explorados, nem sempre a exploração turística ocorre de maneira correta.

DESCOBERTAS DE DAKILA PESQUISAS

            No início de dezembro, pesquisadores do DAKILA PESQUISA estiveram no Paraná investigando diversos lugares que indicam a existência de estruturas que possam estar ligadas ao Caminho do Peabiru. Estas pesquisas encontraram muitas informações que podem estar relacionadas além do Peabiru, indicativos forte da existência de outros povos na região. Na região do Buraco do Padre, por exemplo, foram encontradas estruturas que lembram o Caminho do Peabiru e à possível construção de artefatos arqueológico antigos, como um possível jardim e ainda o desvio do curso de agua, talvez para a alimentação de máquinas que necessitavam da água para a produção.

O objetivo principal dos pesquisadores é encontrar evidencias que levem à história do Caminho do Peabiru. Para isso a comitiva elegeu o estado do Paraná para realizar a expedição Peabiru e conversar com pesquisadores e conhecedores do assunto em toda região. Na região dos Campos gerais, os pesquisadores concentraram suas pesquisas nas cidades de Castro, Ponta Grossa e Tibagi.

ARQUEOLOGIA INCA EM PONTA GROSSA?

Já há algum tempo realizo pesquisas de campo na região denominada de Alagados, com o intuito de entender melhor a história da represa, até então como curiosidade. A partir de janeiro de 2015, quando participei de uma atividade específica em uma região rural, passei a realizar pesquisas na área com o objetivo de usar em um possível mestrado ou doutorado. A partir de 2019, pude acessar novas informações sobre o local e atualmente já é comprovado que a região foi utilizada como Caminho de tropeiros, caminho e acampamentos dos Jesuítas, e de Índios Tupi-guarani.

Durante as pesquisas, foram identificados alguns detalhes nas formações rochosas que lembram a atividade de povos Incas, como paredes de pedras em ângulos perfeitos´, além de outras referências.

Fonte: Arquivo pessoal – possível construção de parede de pedra INCA – Ponta Grossa – PR

Outro ponto de referência arqueológico é o de um possível templo de sacrifício Inca, situado a 25°02’31.4″S 50°02’08.2″W, que se destaca pela peculiaridades de um templo de sacrifício.

Fonte: Arquivo pessoal – possível templo de sacrifício INCA – Ponta Grossa – PR

Com os estudos realizados no local foi possível observar junto à pedra, base para o sacrificado, gamela de oferenda, canais de alimentação do pátio, o que já caracteriza o local como um altar de sacrifício, que provavelmente foi utilizado pelos povos Tupi-guarani quando habitavam a região.

A referência que indica atividades de povos mais antigos, talvez os Incas, são os detalhes dos cortes das pedras, formando uma escadaria perfeita, direcionada a leste, ao nascer do sol, lembrando os antigos rituais Incas. O sacrifício humano, na América pré-colombiana, era uma prática religiosa realizada no contexto de certos cultos praticados pelos povos indígenas das Américas. Foi documentado tanto pelos códices quanto pela iconografia pré-colombiana em geral. Ainda que os casos mais notórios sejam os ocorridos na área mesoamericana, sua existência foi provada também nas regiões habitadas pelos Incas. A prática do sacrifício humano nas religiões indígenas foi questionada desde a chegada dos europeus à América, no século XVI, existindo evidências documentais e histórico-arqueológicas suficientes para confirmar a sua existência. (Graulich, Michel. “El sacrificio humano en Mesoamérica Arquivado em 24 de fevereiro de 2007, no Wayback Machine.” – Arqueología Mexicana).

Apesar de bem documentada e registrada nas sociedades da América Central e do Sul, a prática do sacrifício humano ainda está envolta em algum mistério; as exatas ideologias por trás do ritual ainda são desconhecidas; as teorias mais aceitas indicam que as vítimas eram executadas como forma aplacar determinados deuses.

De acordo com os estudos realizados pelos pesquisadores da ABEEXO, existem fortes indícios do local ter sido utilizado como referencial religioso para vários povos, talvez o Incas, pelos índios, pelos jesuítas, e quem sabe, ainda nos dias atuais pode estar sendo utilizado por alguns religiosos.

Dentre as hipóteses que indicam que o local foi habitado por povos antigos estão as pinturas rupestres, que podem ser observadas em vários pontos, no local e em pelo menos em dois sítios arqueológicos homologados situados há menos de 5 km do local em estudo.

Fonte: Arquivo pessoal – pinturas rupestres – sítio arqueológico homologado e preservado – Ponta Grossa – PR
Fonte: Arquivo pessoal – pinturas rupestres – sítio arqueológico homologado e preservado – Ponta Grossa – PR

Infelizmente, na região onde está localizado o altar as pinturas rupestres foram vandalizadas por inscrições de divulgação de propaganda, danificando parte da história. Outra presença marcante na região, são as fendas entre as rochas, que armazenam dezenas de petróglifos em suas paredes e teto que ainda não foram estudas e nem catalogadas.

Os petróglifos são representações gravadas pelo Homem em pedra ou em rochas, existindo em todos os continentes, com exceção da Antártida. O termo deriva das palavras gregas petros, “pedra”, e glyphein, “talhar”.

É de conhecimento de todos que os Jesuítas estiveram na região, e foram registrados petróglifos que podem estar relacionados com atividades religiosas dos jesuítas. Também é possível encontrar vestígios de vias de deslocamentos no solo quando observamos através de imagens de satélite. Outra hipótese considerada é a passagem do Caminho do Peabiru pelo pátio do altar. A equipe de pesquisa ABEEXO identificou pelo menos dois possíveis caminhos, onde existem evidencia plausíveis sobre a presença do caminho. É possível visualizar a cicatriz no solo por onde este antigo caminho passava.

Fonte: Arquivo pessoal – marcas no solo que podem indicar o antigo Caminho do Peabiru e na ilha, poderia ser a localização da primeira capela da região, antes da construção da Capela Santa Barbara – Ponta Grossa – PR

Para os pesquisadores da ABEEXO, as hipóteses e evidencias levantadas indicam grande possibilidade da presença arqueológica Inca no estudo, porém para que seja comprovado de fato se faz necessário continuar as pesquisas, a emissão de um laudo técnico emitido por arqueólogo, além da preservação da área, controlando o acesso e a presença de pessoas afim de preservar as características da descoberta. Caso seja comprovado a descoberta das atividades Incas, esta será a primeira constatação oficial da presença destes povos no Sul do Brasil.

Saiba mais sobre em: https://www.youtube.com/live/mR6kKoTBIoA?si=ljR4JBl0c7HlXNJW

Dirceu Klemba.

 


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