Em comemoração aos duzentos anos da cidade Ponta Grossa, comemorado no dia 15 deste mês, o Portal Boca no Trombone realiza uma série de reportagens especiais com o tema “Ponta Grossa+200 anos”. E para falar de futuro, precisamos olhar para o passado e para o presente. Através deste olhar podemos perceber figuras importantes na história da cidade, como é o caso da nossa primeira entrevistada da série, a primeira mulher a comandar o poder executivo do município, prefeita Elizabeth Schmidt.
Confira abaixo, a entrevista na íntegra com a prefeita:
Leia os principais pontos destacados na entrevista:
Ao ser questionada sobre qual é a cidade que está sendo planejada para os próximos duzentos anos, Elizabeth diz que “todos os dias devemos ser criativos, ousados e determinados. Falar menos e fazer mais. Eu hoje sou o futuro que era dos meus pais, e agora as nossas crianças são o nosso futuro, por isso minha aposta maior neste futuro está na educação”.
Quando fala em educação, a prefeita conta que em seu mandato foram lançados laboratórios de aprendizagem criativa e o programa Sinapses Criativas e afirma “a educação, até pouco tempo atrás, estava correndo atrás da sociedade que estava se transformando. Hoje nós estamos chegando perto desta transformação, estamos no século XXI com as nossas crianças. (…) As crianças que já nasceram com um instrumento tão especial nas mãos que é um telefone celular (…) têm que ter rupturas dentro do processo pedagógico para que eles tenham sinapses criativas”.
Sobre olhar para o passado da cidade, Elizabeth conta que quando Ponta Grossa completou 100 anos, tinha aproximadamente 21 mil habitantes. Em mais 100 anos de história, o município cresceu 1606%, chegando a mais de 350 mil ponta-grossenses atualmente. Segundo ela, esse crescimento foi devido ao seu próprio povo. “Pessoas que aqui chegaram, que aqui vieram e que aqui investiram (…). Esse processo de crescimento, desenvolvimento econômico da nossa cidade tem haver com a indústria, com o comércio, com a agricultura, com os serviços que são muito fortes”, declara.
Aspectos econômicos
“A cidade está muito rica! Nós temos o maior Produto Interno Bruto (PIB) do estado do Paraná, maior que Curitiba”, diz a prefeita. Sobre o Valor Adicionado (VA) em relação as cidades do interior do estado, Ponta Grossa supera Maringá e Londrina. E isso deve-se, segundo ela, a parceria dos próprios empresários de Ponta Grossa com a prefeitura “nós estamos pagando a metade do Master Plan (ferramenta de planejamento da cidade), e eles estão pagando a outra metade para fazer um projeto para o ano 2043″, conta Elizabeth. E isso é resultado tanto da própria cidade, quanto da gestão.
Transformação
Ela conta que, há aproximadamente dez anos atrás a proximidade territorial entre Ponta Grossa e Curitiba era um empecilho para o desenvolvimento do nosso município, pois tendo as empresas na capital, não seria necessário ter no interior. Atualmente é ao contrário, e uma das vantagens é a localização de Ponta Grossa. A cidade que fica há aproximados 200Km do Porto de Paranaguá e possui aeroporto, capaz de receber aviões a jato, é atrativo para as grandes indústrias. Além destes atrativos territoriais, é dever da gestão atrair os empresários mostrando o que tem de melhor na cidade e contribuir com incentivos fiscais, o que está sendo realizado em seu mandato.
Desenvolvimento social
Sobre o desenvolvimento social da cidade, que não pode existir, segundo ela, sem o desenvolvimento econômico, o crescimento rápido do município gera consequências e problemas a serem solucionados. Ela afirma, que agora em seu terceiro ano de governo, após um período turbulento de pandemia, o município está tendo a oportunidade de reestabelecer a estrutura de saúde da cidade, com várias Unidades Básicas de Saúde sendo reformadas, reestruturando quadro de médicos, e repassando a incumbência dos grandes hospitais para o governo do estado. Além disso, pontua os grandes feitos em seu mandato como um superávit de R$100 milhões de reais do ano passado para este ano; plano de cargos e salários dos servidores; baixar o preço da passagem do transporte público para R$4,00; asfalto em todos os bairros da cidade; aumento do orçamento para a saúde e educação para o ano seguinte; entre outros. “Uma cidade não se faz sozinha, se faz por milhares de pessoas (…). Eu amo Ponta Grossa! É isso que eu quero que cada um de vocês diga e haja da melhor forma que puder para contribuir para o crescimento social, cultural e econômico da nossa cidade”, finaliza.
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