O cuidado global do paciente idoso com risco de fragilização. A Linha de Atenção à Saúde do Idoso, proposta pelo Programa de Qualificação dos Consórcios Intermunicipais de Saúde do Estado (Qualicis), vem proporcionando mais qualidade de vida à população idosa da região.
Dentro da 3ª Regional de Saúde, três municípios fizeram adesão à Linha e estão encaminhando pacientes ao Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde): Ipiranga, Ivaí e Porto Amazonas.
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Na última semana, equipe do município de Porto participou de qualificação para melhorar o encaminhamento dos pacientes e ter mais resolutividade nos atendimentos. “Foi muito esclarecedor. Precisamos modificar alguns processos na Atenção Primária (APS) e verificar os requisitos dos pacientes adequados à Linha”, contou a enfermeira da APS, Renata Ferrari Coelho.
Conforme a geriatra do CimSaúde, Leidi Daiana Teider, os cuidados com os pacientes idosos vão além dos exames. “É necessário ver a estrutura familiar e o todo seu histórico”, aponta. Além da geriatra, a Linha conta com profissional fisioterapeuta, enfermagem e farmácia.
Profissional da fisioterapia, Franciane Silva, destacou que a avaliação dos pacientes idosos em sua área é essencial. “A qualidade de vida melhora bastante com um acompanhamento frequente”, explica. Conforme a profissional, hoje há possibilidade de medir a porcentagem de risco de quedas dos pacientes, para melhor orientá-lo quanto aos cuidados.
Para a diretora do CimSaúde, Pâmella Costa é necessário reestruturar o fluxo do Sistema Único de Saúde (SUS), baseado no nível de vulnerabilidade dos pacientes. “O Qualicis traz uma desfragmentação do sistema. Não mais com consultas únicas, e sim com o atendimento de uma equipe multiprofissional. Um trabalho em equipe fica mais enriquecido”, avalia.
Assim como nas demais capacitações, a diretora destacou que os pacientes, apesar de utilizar das Linhas de Cuidado, permanecem com a Atenção Primária dos municípios. “A APS cuida do nascer até o envelhecer dos pacientes”, destaca, lembrando que cada Prefeitura tem uma forma “individual” de tratá-los.