A Prefeitura de Ponta Grossa, por meio da Fundação Municipal de Assistência Social (FASPG), deu início nesta terça-feira (27) à Capacitação das Famílias Acolhedoras 2025. A atividade, voltada aos voluntários inscritos no programa, tem como objetivo preparar e orientar as famílias que desejam oferecer acolhimento temporário a crianças e adolescentes em situação de medida protetiva.
O evento foi aberto com a palestra “Família Acolhedora: uma estratégia de proteção em construção”, ministrada pela doutora Fabiana Sady Kurelo de Oliveira, especialista na área da infância e proteção social. A capacitação segue até sexta-feira (30), com uma programação que aborda desde a estrutura do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) até temas específicos como convivência familiar, desenvolvimento infantojuvenil, acolhimento de crianças com deficiência, vínculos afetivos e responsabilidades legais das famílias acolhedoras.
De acordo com a presidente da FASPG, Tatyana Belo, a capacitação é uma etapa fundamental para garantir a qualidade do acolhimento.
“Nosso objetivo é assegurar que as famílias estejam bem preparadas, conscientes de seu papel e de suas responsabilidades. Dessa forma, oferecemos às crianças e adolescentes um ambiente seguro, acolhedor e humanizado, que respeite seus direitos e sua dignidade”, afirma.
Proteção além das instituições
O Serviço de Acolhimento Familiar em Família Acolhedora é uma alternativa ao acolhimento institucional. Previsto pelo artigo 227 da Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o serviço promove a proteção temporária de crianças e adolescentes afastados de seus lares por decisão judicial, até que possam retornar à família de origem ou sejam encaminhados para adoção.
Atualmente, Ponta Grossa conta com 11 famílias aptas, das quais 10 estão em atendimento ativo, acolhendo um total de 17 crianças e adolescentes. Desde sua implantação, em 2017, o programa já proporcionou acolhimento a 103 crianças e adolescentes, contribuindo diretamente para a garantia do direito à convivência familiar e comunitária.
Como participar
O programa está aberto para o cadastro de novas famílias interessadas em participar como acolhedoras. Os interessados passam por um rigoroso processo de seleção, que inclui entrevistas, visitas domiciliares, análise psicossocial, capacitação e acompanhamento constante da equipe técnica da FASPG. “Fortalecer essa rede de proteção é essencial para assegurar que nenhuma criança precise crescer em instituições, quando existe a possibilidade de um lar temporário, com carinho, cuidado e responsabilidade”, completa Tatyana.
Com supervisão de Marcos Silva.