Os profissionais de enfermagem realizaram uma manifestação na tarde desta terça-feira (14) em Ponta Grossa. A reindivicação é o aumento do piso salarial dos profissionais, que está congelado há anos.
Segundo Marisleidy Rama, enfermeira que participou do ato no centro de PG e na Praça dos Polacos, o aumento do piso salarial vem sendo lutado pela categoria há vinte anos, e destaca a situação lamentável. “É um descaso o que fazem os profissionais de enfermagem, técnicos ganham um salário mínimo, sendo que eles arriscam a vida na pandemia, contra vírus, isolamento, bactérias. A enfermagem é presente 24h nas unidades de saúde e não há um piso salarial decente”.
A manifestação pede que os governantes liberem as fontes de custeio e que o Supremo Tribunal Federal (STF) descongele o piso salarial aprovado no Congresso em 2019. Marisleidy afirma que, se nada for feito, no dia 10 de março a categoria dos profissionais de enfermagem irá fazer greve. “Hoje foi o Dia D, foi o cheque-mate, se não tiver reajuste, em março os enfermeiros vão parar”.
Porque o salário foi congelado? Em setembro de 2022, o ministro Luis Barroso, determinou o congelamento do reajuste, que seria de R$ 4.750. Os técnicos de enfermagem deveriam receber 70% do valor do piso dos enfermeiros (R$ 3.325), enquanto auxiliares de enfermagem e parteiras deveriam receber 50% do piso (R$ 2.375).
A decisão foi tomada por Barroso após o ministro analisar informações preliminares e argumentação da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).
A confederação, que apresentou a ação, alegou que “a lei contém vícios de inconstitucionalidade, desrespeita a auto-organização financeira, administrativa e orçamentária dos entes subnacionais”.
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