Na luta por uma sociedade mais justa e igualitária, a senadora Augusta Brito (PT-CE) propôs uma medida que busca reforçar o compromisso do poder público no combate à violência de gênero. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 197/2024, apresentado por Augusta, estabelece a inelegibilidade para pessoas condenadas por crimes praticados com violência doméstica e familiar contra mulheres.
De acordo com o texto, a inelegibilidade começará a valer a partir da decisão judicial definitiva (transitada em julgado) e se estenderá por oito anos após o cumprimento da pena. A proposta visa garantir que pessoas com histórico de violência contra mulheres não possam ocupar cargos eletivos, reforçando a mensagem de que a violência de gênero é inaceitável, especialmente entre aqueles que devem representar os cidadãos.
Para Augusta Brito, o impacto simbólico e prático da medida é fundamental:
“Permitir que condenados por violência doméstica ocupem cargos eletivos é passar para a sociedade a mensagem de que esse tipo de comportamento é tolerado. Precisamos fortalecer a cultura de respeito e igualdade de gênero em todos os níveis, especialmente na esfera política.”
A senadora, que tem pautado sua atuação na defesa dos direitos das mulheres, acredita que o projeto também é uma resposta à crescente demanda por maior responsabilidade ética no campo político. Para ela, pessoas condenadas por violência de gênero não devem ter o privilégio de ocupar posições de poder e decisão.
O PLP 197/2024 agora tramita no Congresso Nacional e, se aprovado, será um marco na legislação brasileira ao vincular a elegibilidade de candidatos a critérios que incluem respeito aos direitos humanos e à igualdade de gênero. Especialistas apontam que a iniciativa pode servir como um alerta para a necessidade de uma postura ética e exemplar entre os representantes públicos.
Enquanto o projeto segue para análise, o debate sobre a violência doméstica e suas implicações no cenário político nacional ganha fôlego, colocando em pauta a urgência de ações concretas para combater esse problema estrutural e promover uma sociedade mais equitativa.
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